PSCR0581 1718. Carta de frei Francisco da Graça para um amigo.
Summary O autor conta ao destinatário sobre a ajuda monetária de um amigo para a soltura do pai.
Author(s)
Francisco da Graça
Addressee(s)
Anónimo429
From
Portugal, Moncorvo, Torre de Moncorvo
To
Portugal, Braga
Context Processo volumoso com vários recibos, ali incluídos por alguém que tinha a perfeita consciência do seu valor enquanto prova documental dos factos. Os embargos apresentados por João Pires Valente, da vila de Mós, eram relativos a rendas dos quintos de Mogadouro e terças de Mós e de Urros (do ano de 1712 a S. joão de 1714), em resposta a uma execução movida pela Mitra Primaz ao suplicante e seu sócio. Neste sentido, o suplicante recusava-se a pagar coisa alguma. O frei Francisco da Graça era irmão de João Pires Valente e as cartas que escreve referem-se a este (PSCR0580, PSCR0581 e PSCR0582).
Support
meia folha de papel não dobrada escrita apenas no rosto.
Archival Institution
Arquivo Distrital de Braga
Repository
Relação Eclesiástica
Archival Reference
Maço 3, Processo 39
Folios
124r
Transcription
Leonor Tavares
Main Revision
Clara Pinto
Contextualization
Ana Leitão
Standardization
Clara Pinto
Transcription date 2015
View options
Text : Transcription Edition Variant form Standardization - Show : Colors Formatting <lb> Images - Tags : Detailed POS Lemma Linguistic notes
Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.
Meu Amigo e meu Sor suposto q
Hontem escrevi a Vm por
via do sor Pai agora o faco com
Resulução milhor porcoanto
o sor Anto da fraga se resolve a
dar logo duzentos mil reis
e q Vm percure coatrocentos
q juntos e com este dinheiro q
está junto lhe fique a Vm mais
fácil o poder achar amigos
q lhe facão a fianca e abona
cão a favor do sor Pai a fim
da sua soltura q esta ha he
a principal diligencia em q
se deve cuidar pois he certo q
prezo lhe não serve de otelidade
pa ademenistracão dos seus par
ticulares , e caza ; adevertindo a
Vm q está Resulucão de Anto
da fraga he nacida de dezejo
de servir ao sor Pai , e não de coope
ração nem empenho de meu
Ir q Dor Vigairo geral su
posto em tantos apertos q lhe não he facil uzar da sua liberdade
e comcorrer pa este negocio com coiza de proveito , e os duzentos
mil reis q o Dito fraga se oferece a dar quer fiquem pa por elles se
pagar alguãs perdas q nas rendas ouvesse pois elle toma sobre
si esa cociedade e averigoação , e com tremos tão generozos se ofere
ce q dis se as perdas a sua parte não alcancarem os duzentos mil
reis e destes o sor P lhe fique devendo alguã couza lhe azeitarã o pa-
gamto em anno e meyo ; e mais se oferece a q avendo alguãs dividas
da mesma renda q ainda não estejão vencidas ; como são as sanjoa
neiras dos quintos q tomará sobre si a cobrança dellas no seu tempo
e antecipará logo o dinheiro pa q mais facilmte Vm comsiga a
soltura do sor Pai e assim a vista deste primorozo termo se espe
rá do brio de Vm q a troco de trezentos ou coatrocentos mil reis en
dinheiro e oitocentos mil reis ou hum conto de reis de fiancas deixe
de trabalhar pa conseguir ordem de soltura com a clauzulla de
q ca se ajuste o mais assim pello dinheiro q esta junto , como o q se
deve juntar e o q dito fraga tem oferecido em q não averá falencia
E espero em Vm a não aja sem embargo do mto q ca se duvida o po-
dello Vm comseguir , pa q assim fiquem os inimigos com a sua ma
vontade , e Vm mostrando os creditos , e o mto q pode nesta cidade fico
pa servir essa pessoa q Ds gde oje 11 de Julho
Amigo
Fr Francisco da graça
Legenda:
Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied
Download XML • Download text
• Wordcloud • Facsimile view • Manuscript line view • Pageflow view • Sentence view