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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1389

1656. Carta de Dom Álvaro Manuel de Noronha, Senhor de Tancos, Asseiceira e Águias, para destinatário não identificado.

Autor(es)

D. Álvaro Manuel de Noronha      

Destinatario(s)

Anónimo378                        

Resumen

O autor pede vários favores ao destinatário, para si e para terceiros, e queixa-se da sua vida no exílio.
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Duas resebi de vm huma por via de fransico velho e otra nesta posta q não sei donde esteve metida tanto tenpo a q veo pela via do padre da conpanhia porq anbans me mandou o porta letra. esta desta posta me dexa ben mortificado pois não poso falar con vm q por carta não se fia tudo logo resgei a q vm me mandou pelo risco de a perder, eu fico escrevendo devagar a meu cunhado e enviarei as cartas a vm pera lhas enviar. estimara eu mto q camillo capeli se for q fale com aquela gente do rosio quando estiveren todos juntos com huma pitisam q alixandre pascali a mto tenpo q anda por estas partes e esta doente e con toses lhe pede lisensa pera se poder ir, este he o prinsipal negosio q se pode la fazer ho q lhe limitem tenpo porq seu cunhado não lhe manda con q se posa sustentar, ho obrigem o dito cunhado lhe mande sen escudos de ouro pera cada mes mas sera melhor aver orden pera se ir isto he tocante ao negosio. do q padeso agora darei conta a vm como maior amigo q tenho e senpre dezejei servir lo pela carta q lhe mandei tradozise entedera o como esta este omen rexeluto e nesta posta tive huma pior e a minha gente me aviza de veneza o mal q lhe acode e q padese e creo q de desgosto me moreo a minha negra q com tanto gosto a mandei buscar do q estou ben sentido a pa q o disgosto me não mate a mi e me não saia de ancona como me sai, ja de rroma se bem este mercante ainda este mes me pagou não sei o q podera fazer se vm achar pesoa nesa parte que me enpreste seissentos escudos farei procurasam a camillo capeli pera me vender sen mil reis de juro en portugal e não se canse vm en traduzir a carta q en man propia se pode dar dizendo o q ei pasado e o q me a sosedido esa carta me fasa vm m de a dar ao snor enbaxador e se me responder vm me mande a resposta a ancona sen nome suposto D baltezar se fora nesta enbarcacam q esta a carga en liorne se tivera orden de o poder mandar mas não ten dinheiro pera q posa fazer corentia, e enbarcarse vm me de algumas novas porq se dis q he levantado o reino de aregam e desa caria tanben como esta da peste q serto q não podia vir en pior tenpo Des a queira livrar e dar a vm mta saude eu fico com ela pera o serviso de vm e lhe peso me não falte com novas suas q so elas me aliviam e as creio e creame vm q dispois q estou neste lugar não paso hun dia alegre cudando o q me pudia fazer este ome en rroma o faltarme con as mezadas como oje me ameasa serto tinha o morer de paxam e asi vm me disculpe com o snor enbaxador e lhe so me fique meu dezejo e deste lugar me partirei como en veneza deren pratica porq me não meto a fazer viazem porq não me bastea o animo estar corenta dias en lazareto porq de malenconia morerei vm escreva ao framengo como quen lhe da por nova e lhe diga q o noso enbaxador enformado q cazava eu en veneza me mandara notificar q não cazase fora do reino sen orden d el rei e dentro en dois anos me fose a portugal se isto não prejodicar a vm peso o fasa porq me serve de grande otilidade gde Des a vm ancona 20 de agosto de 656 a carta vai aberta lea vm e serea

Clo. de vm D Alvaro Mel de nra

Leyenda:

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