Representação em facsímile
[1580-1600]. Carta de dona Filipa de Jesus de Portugal, freira, para dona Constança de Noronha, abadessa.
Autor(es)
Filipa de Jesus de Portugal
Destinatário(s)
Constança de Noronha
Resumo
A autora conta como esteve doente; no convento onde se encontra, tem de escrever as cartas às escondidas, enquanto as outras freiras dormem.
mui ille
snra
se
cõmo desejjo me fora posivel mtas vezes
enfadara a vs cõ cartas minhas mas sou eu
tão mofina que pa algũ mumẽtu descãsar
nẽi ese meio alcãso senão a custa de por
me escõder velar enquãto as outras
dormẽi tamãnho pecado mortal se faz de
me verẽi tomar la pluma ẽn la mãno
mas cõtudo nada disto bastara pa disto
me tirar se ũa isquinẽçia que tive me
não tratara tão mal que me pos ẽn
estremo de morte da qual estou ainda tão
fraca que se não he ẽn braços d outrẽi
não me poso por min tẽr. as quartãs
as quartãs não se me tirão nẽi ha mal
que de min se espeça estas são as novas que
de minha saude poso dar a vs as da
vida e cõsolação bẽn ha por que se jjulgẽi
por iso não enfadarei a vs a quẽi peço mtas
e mto bõas de su salud. cuja ilustrisima pa
defẽda ds por tãtos anos cõmo pode e eu