O autor descreve ao destinatário diversos factos do tempo que tem passado na prisão e das circunstâncias que o levaram para lá.
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Sor
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[2] | Nam ponha duvida nesta letra
porq a
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[3] | outra fazia cõ carvam e cõ hum
pao.
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[5] | hagora quero dar cõta a
vm do
q pasei despois
q
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[6] | são preso da
ql prissão Ds perdoe
a quem foi
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[7] | causa della porq se me não fizeram ir
pa
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galiza he mais pa tal parte
numqua heu
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[9] | fora preso nẽ se fizera tanto dano
porq eu
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[10] | estava offerecido
pa ir pa toda
pte
q me mã
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[11] | darem mas ja
q he feito ds o
remidie. logo
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[12] | como fui na prissão me poseram na mais ma casa
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q avia e dahi a poucos dias veo este paneleiro
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hũa noite ter comiguo e bateo a porta e me
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[15] | disse
q lhe pesava de minha prissão he visee
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[16] | se
quiria eu q fizesse algũa cousa por amor
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[17] | de min
mostrando q cõ toda vontade o faria
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[18] | e com isto se
foi, dahi a outros dias tornou a ter
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[19] | comiguo cõ as mesmas palavras então lhe pedi
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desimuladamte
q vise se podia saber algũa
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[21] | cousa de meu negocio
e q dous dedos hera
mto
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[22] | meu amiguo e que pola ventura lhe diria
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algũa cousa e dali a dias tornou cõ mta alegria
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[24] | a
pedirme alvisaras q dous dedos lhe per
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[25] | guntara por
min e elle lhe repondera q
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[26] | eu estava mal e lhe
dissera que lhe pedia
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[27] | se sabia de meu nego se mo
quizera mãdar
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[28] | dizer e q elle lhe dissera
q me dissese
q
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[29] | me não agastase q
não hera mais q o q
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eu sabia e q portanto nã seria nada e com
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[31] | isto
fiquei algum tanto consolado he lhe
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[32] | dei hum pouco de
dro
q me mandaram
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[33] | no esprito os amiguos por meu filho
e da
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[34] |
fa a outros dias me troxe hum escripto
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[35] | do mesmo
dous dedos en q me dizera que ja
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[36] | o villa e
simão sabiam de minha prissão
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[37] | e estavam avissados de nã fallar
nada
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