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Maarten Janssen, 2014-

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[1737]. Cópia de carta de autor não identificado, [padre], para [Ana Maria Joaquina do Paraíso], [religiosa].

SummaryO autor transmite o estado de inquietação em que se acha pela ausência e distância da destinatária, assim como os sentimentos arrebatados que nutre por ela.
Author(s) Anónimo449
Addressee(s) Ana Maria Joaquina do Paraíso            
From S.l.
To S.l.
Context

De acordo com testemunhas inquiridas no decurso do processo judicial, havia pelo menos dois anos que certo padre mantinha um relacionamento com a madre Ana Maria Joaquina do Paraíso, assistente em Braga, "não só por cartas e recados que mandavam um ao outro", como pelos encontros que tinham.

Uma das cartas, levada por uma recadeira, chegou às mãos de um sapateiro, Custódio Rodrigues, e de sua mulher, Custódia Ferreira. Esta mostrou-a a um padre capelão que reconheceu a letra e aconselhou os paroquianos a entregarem-na a quem de direito. Mas ao mesmo tempo alertou o padre autor da carta, para que se pusesse cobro àquela correspondência e que desse "com um pau nas mulheres ou mensageiros que andavam com os ditos recados". A própria freira implicada tomou conhecimento da situação e ofereceu uma moeda de ouro em troca da carta, enviando-a por uma moça. Custódia Ferreira alegou, porém, que a missiva tinha sido queimada.

Archival Institution Arquivo Distrital de Braga
Repository Relação Eclesiástica
Collection Apelações
Archival Reference Maço 2, N.º 20
Folios 20r a 21r
Transcription Ana Leitão
Transcription date2016

Page 20r > 20v

Minha vida e meu Tudo não Sei como Tendo o Corassão que teins chegas a dizer e que o afirmarias com juramento que Eu não ja tanto teo amiguinho ai que Se o fizeras em dizer q quanto mais o hera Eu agora olha que não te emganavas mas tal dizer Eu Tenho a culpa deixate estar que me matas e eu a Morrerme pella Menina Se he aSim passaras como o teo Menino talves que o não maltratas aSim com tais fallazinhas mas Se he Teu gosto que hei de Eu fazer lhe fazeo vidas mas que me mates que como eu não quero Ter vida Senão a Thi So quererte Senpre me has de deixar esta ai que tornote a dizer Eu Tenho a culpa pois não tinha fugido por esse mundo com a minha menina, Sim Sim Sim não tenho hora falla verdade não tinha e estavá criminando a piquinina, ai, ai, ai, que não Sei que digo nem como



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