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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1426

[1665-1669]. Carta de [Antónia de Carvalho] para [Cristóvão Lopes Correia], mercador.

SummaryA autora envia ao destinatário notícias acerca do processo relativo aos bens deixados pelo marido.
Author(s) Antónia de Carvalho
Addressee(s) Cristóvão Lopes Correia            
From Portugal, [Coimbra]
To S.l.
Context

Processo relativo a Antónia de Carvalho, viúva de António Mascarenhas, mercador, e filha de João de Carvalho, mercador de sedas, presa pela Inquisição de Coimbra, juntamente com a sua família, sob acusação de judaísmo. Também preso se encontrava Cristóvão Lopes Correa, casado com uma sobrinha de Antónia de Carvalho. Os dois terão trocado correspondência sobre o inventário dos bens de António Mascarenhas. Suspeitou-se que Cristóvão Lopes Correa enviara à ré um recado para que fizesse requerimento ao juiz do Fisco a fim de que este não lhe vendesse os bens, nem umas mulatas que tinha em seu poder. Aparentemente, Cristóvão Lopes Correa tinha chegado a ter demandas cíveis com o falecido marido de Antónia de Carvalho, com a própria ré e com o seu filho "sobre bens e fazenda de consideração". Interrogada sobre o conteúdo da carta aqui publicada, Antónia de Carvalho disse apenas que precisava de tratar de assuntos relacionados com a herança do marido.

Quanto ao destino de Cristóvão Lopes Correa, preso desde 1663, terá saído em auto-da-fé em maio de 1669.

Support uma folha de papel dobrada, escrita no rosto e no verso da primeira face.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Coimbra
Archival Reference Processo 4895
Folios 177r-v
Socio-Historical Keywords Catarina Magro
Transcription Ana Leitão
Main Revision Catarina Magro
Contextualization Ana Leitão
Standardization Catarina Magro
Transcription date2015

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Estimarei que vm se achae mto melhorado e he de noso sro o q lhe desejo falei então o letrado dise que não era nececario fazer piticão q o juis q não avia de f vender fazenda e q vendendoa emtão Agravaria e previa embargos e fazendo alta piticão se offendaria o juis e que seria piior Aqui me dise agora huã posoa q o fizese ou ao menos q requerese em auodiensia q se não vendese fasenda sem eu ser requerida Agora veio o moso da audiensia e se tratou da vinha de banhos sequos não tem vontade q eu a leve e o Ldo lansou nela outo mil e quinhentos Respondeu q avia de hir a prasa e pa alimentos q eu q tinha mto dro E que meu fo que viera do brazil com mto dro e que elle dera o dote As freiras e que o testamto que tinha mtos pontinhos e que inda que não puxou pelo dro das negras Estou estas couzas mto emfadada que bem mostra ter eu nele gde inimigo se vm amenhã não ectivera de purga la ouvera de chaegar oje Rasgue vm logo este


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