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Maarten Janssen, 2014-

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[1827]. Carta de José Matias Monteiro, soldado, para Antóno Rodrigues da Silva, Juiz de Alfândega.

SummaryJosé Matias Monteiro pede a António Rodrigues da Silva, juiz da Alfândega, para que visite a namorada e lhe entregue diariamente uma determinada soma.
Author(s) José Matias Monteiro
Addressee(s) Antóno Rodrigues da Silva            
From Portugal, Lisboa
To S.l.
Context

Processo em que era queixoso José Matias Monteiro, soldado do Batalhão de Caçadores n.º 8, e réus Nicolau Tolentino Monteiro e António dos Santos Monteiro, irmãos mais velhos do primeiro. José Matias acusou os irmãos, aparentemente seus rivais, de se apropriarem de uma petição, em seu nome, na qualidade de Administrador da Sisa das Carnes. As pretensões dos irmãos iam porém mais longe, chegando à pressão, sob ameaça, para José Matias abandonar a sua amada. O conflito que se gerou em torno desta última exigência conduziu a episódios de grande violência entre os envolvidos, bem como ao sequestro de José Matias. Apesar de inicialmente mal sucedidas, as tentativas de evasão do cativeiro acabaram por resultar em libertação. Foi do quartel, onde finalmente encontrou ocupação, que José Matias Monteiro instaurou este processo, no âmbito do qual se queixou não só dos factos referidos, como da apropriação dos seus haveres por parte dos acusados. No decurso de todos estes acontecimentos, escreveu diversas cartas a conhecidos seus, a seus irmãos e à sua amada.

Support meia folha de papel dobrada escrita na primeira face e com sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra N, Maço 3, Número 12, Caixa 6, Caderno [1]
Folios 47r-v
Transcription José Pedro Ferreira
Main Revision Cristina Albino
Contextualization José Pedro Ferreira
Standardization Catarina Carvalheiro
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

Text: -


[1]
Amo do C
[2]
Em primeiro lugar quero me mandes diser o que hoje se pasou nas Sete Casas a meu respeito.
[3]
Eu estou enterdicto pr causa do que sabes, porêm tenho cora-gem!
[4]
Eu pessote pela nossa amisade que vâs a Rua das Salgadeiras no 4 1o andar procura pr D Gertres Magna, e dis-lhe que és o Juiz meu Amigo (pois ja está prevenido) e que queres falar ao doente que é a E.,
[5]
anima e dislhe que tenha coragem, faz de amigo ,
[6]
Quero mais que emqto eu não saio lhe mandes todos os dias 9bo o que eu pagarei,
[7]
faz isto ao teu Amigo verdadeiro, e mandame diser tudo.
[8]
Amanhãa escreverei outra ves mâs responde
[9]
ao Teu verdadr Monteiro

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