Sentence view [1588]. Carta de Leonor de Sousa para Isabel Mendes, sua irmã.
Summary A autora dirige-se à sua irmã dando-lhe notícias do seu cativeiro.
Author(s)
Leonor de Sousa
Addressee(s)
Isabel Mendes
From
Portugal, Évora
To
Portugal, Beja, Serpa
Context As duas cartas recebidas pela ré Isabel Mendes serviram para fundamentar a acusão de judaísmo feita pela inquisição de Évora. As cartas foram enviadas por Leonor de Sousa, mulher de Pero Mendes, seu irmão, também acusado do mesmo crime. Pelo conteúdo das cartas e pelo apurado nas sessões de interrogatório, ficou comprovado aos olhos dos inquisidores que Isabel Mendes era culpada.
Support
uma folha de papel dobrada escrita na primeira e ultima face.
Archival Institution
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Tribunal do Santo Ofício
Collection
Inquisição de Évora
Archival Reference
Processo 3101
Folios
[13]r-[14]v
Online Facsimile
não digitalizado
Transcription
Tiago Machado de Castro
Main Revision
Rita Marquilhas
Contextualization
Tiago Machado de Castro
Standardization
Clara Pinto
Transcription date 2016
Text: Transcription Edition Variant form Standardization - Colors
[2]
a sua reciby que não e pequeno alyvio pa mÿ ver hũa
carta sua pois que por meus pecados não tenho dõde
me vyr
[3]
quato o que dis manoell frz esta de caminho pa
lysboa folgo mto
[4]
quira noso snor jhu xpõ cõ seu favor e e
e se lyvarmo a ele e a todos
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tãobẽ folgarey quãdo manoell
frz vyer de saber a reposta
[6]
quãto a minha desposicão a morte
que fora vida por não ver tãtas desavẽturas quãtas vejo
[7]
o que
mãdou cõ manoell frz
[9]
como o mais
queira noso snor chegarme a tpo pa que deva as merces
[10]
quãto
que dis de palo que seria bõ vyr ca d la não e necesaryo por
que emquãto esta em caza cuido que tẽ jẽte
[12]
quãdo não ouver outro remedyo vyra
[13]
quãto
a manoell frz querer veder as suas cazas pa acudir a minhas
nececidades eu ho agardeço mto
[14]
e tãobẽ não quero que as vẽ
da que noso snor jhu xpõ vyra cõ sua misiricordya que nũ
ca falta e me chegue a tpo que lhe pague a boa obra
[15]
de
minha parte dyga que não deixe de visytar a snra
minha tia que noso snor lhe dei boa vylhice e q em suas oracois me
emcomẽde a noso sor me livre pero mẽdes
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novas de vila nova estamos esperamdo quada ves por jẽte
desta tera que la são
[18]
quira dês
que seja bẽ por nos porque de outro não serve
[19]
rogo a no
so snõr jhu xpõ nos tenha de sua sãta mã pa seu serviso
[20]
feyta oje segũda fra dois de novẽbro
[21]
de sua irmã
Lyanor de sousa
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