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Maarten Janssen, 2014-

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[1500-1599]. Carta de Francisco da [Cruz], apelidado de "Ermitão", para destinatário anónimo, padre guardião do Mosteiro da Mealhada.

Autor(es)

Francisco da Cruz "Ermitão"      

Destinatario(s)

Anónimo580                        

Resumen

O autor queixa-se ao destinatário das acções dos membros do seu mosteiro.

Texto: -


[1]
padre gardiam
[2]
qua veio ter frade ou dous do voso mosteiro a esta minha irmida de sam giam e vieram quom tam danosa temsão que mais regia a soldados de saque que não a oservamtes romemdados
[3]
e na quaza omde eu estava e os ouvi mais manifestar ser justisa quom rigor que frades quom omildade e a minha fraqua desposisão me impidio no tal paso a me não poder ver quom eles pra lhe pergumtar pola vara de coregedor que levavam pois suas palavras donomtam craras mostras de discomsolar pobre omem d espirito pasamdo polas cobisas deste mumdo
[4]
e pois o snor me fes m de m espirar vomtade de polo seu amor largar barquo e redes e tomar sua crus e segilo
[5]
e pra iso tomei hũa vida tam emfreada a umildade quẽ dai naseo aseliarem todos na minha quomversasão e pois e m q se não compra por emguanos nem por dro
[6]
não no queirão empidir os frades capuchos
[7]
ja que os immiguos me deixam viver de minha filozofia lhe darei comta posto que dizem de mim ser esfola quaras e dizem no eses mesmos frades
[8]
eu sou este q sou e des me conhese
[9]
e se ouvera mtos do meu zelo as malisias e traisois dos falsos portugezes e castelhanos forão acabadas
[10]
não moro da vafas porq sou purtuges
[11]
frco da crus irmitão

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