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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0298

1819. Carta de José Maria, trabalhador no Arsenal, para Maria da Conceição da Cunha, criada.

SummaryO autor escreve a Maria da Conceição da Cunha pedindo-lhe que confirme declarações que ele prestou a um escrivão.
Author(s) José Maria
Addressee(s) Maria da Conceição da Cunha            
From Portugal, Lisboa
To S.l.
Context

Maria da Conceição da Cunha, de alcunha «a Marinheira», e José Rodrigues eram criados de Francisco Xavier de Lemos, tesoureiro do cofre da Real Junta do Infantado, e acusaram de furto José Maria, trabalhador do Arsenal, depois de o terem encontrado, durante a noite, a roubar a franja da sege do seu amo. O réu escreveu uma carta a Maria da Conceição da Cunha pedindo-lhe que corroborasse o testemunho que dera ao escrivão, a saber, que ela seria sua lavadeira e que ambos residiam na mesma casa.

Support meia folha de papel escrita nas duas faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 160, Número 50, Caixa 417, Caderno [1]
Folios [5]r-v
Transcription José Pedro Ferreira
Main Revision Cristina Albino
Contextualization José Pedro Ferreira
Standardization Liliana Romão Teles
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

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A Senhora Maria Marenheira A qm Ds Gde ms ans etc Asestente na rua de S Pedro Matre que he Lanvadeira etc etc Senhora Maria

Estimarei q Estas Duas regras a vão Axar com huma porfeita saude em companhia da senhora sua filha pois heu o fazer de Desta fico com milhoras Lovado Ds pa sempre Senhora Maria Dou parte q me veo a Cadea o iscrivão fazerme proguntas qm heu hera em q me ocupava e adonde morava em caza de qm heu lhe dise q hera trabalhador e q morava em sua companhia porq não quis lhe dezerlhe q morava porq para a justicia cauza disconfienca por hiso he q dise q estava na sua companhia q hera minha Lanvadeira q me lavava a minha ropa porq se forem proguntar se he Verdade o q heu dise pois ha de mandar o ministro porguntar A Vmce se he verdade o não se heu estava na sua companhia pois espero de Vmce heste favor e esmola q diga q sim e q me cunhece ja a tempos q em mim não sabe de nota Alguma pois he q me falta he hesta boa imformacão q Vmce der de mim porq para heu ser solto heu dise quando me vierão fazer proguntas q morava na sua companhia por favor pois não tenha susto q não lhe asusede mal nhenhu hantes he huma obra da Caridade q me fas por Amor de deos diga q Estou morando em sua companhia A perto de quatro mezes pois fico esperando De Vmce hesta esmola e Com histo a não Emfado mais A Vmce

de deste seu criado E venerado Joze Maria etc

e muntas sodades a senhora Antonia tambem lhe peso q veja se me pode Ca chegar sem falta Alguma fasa hesa esmola porq me he persizo falar com Vmce etc


Legenda:

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