Snra
por via da Ilha da madra e do brazill lhe escrevi o q fizera por mill viaz
se por tãotas me fora posivell e o q agora mais sinto e não no
poder fazer senão de ano en anno Ate q noso sor me tire
deste cativeiro– ben creio snra q estareis esperãodo novas
de minha viajen e saude as qs são fazerme noso sor nella
mtas ms e darnos mto viajen e con saude de todos sen nos
morer pa nenhũa e viemos A goa en sinqo mezes e mo primro
q todas as naos/ ainda q não tomamos mosaĩbique mas não
nos foi nesesario porq nos não falltou nada por aver senpre
mta agoa pa os pobres e a mĩ sobejou mta e galinhas e mtas
couzas mais e conpartir con mtos q tinhão nesesidade ho q foi
cauza de noso sor mo acresintar e serto asin paresia–
fallar en minhas saudades quero escuzar pois e serto q cada hũ
de nos por sy pode jullgar ho q o outro podia sentir e se
tãoto A de custar apartarse A allma da carne como a mĩ
custou ese apartamto des aqui e con mta rezão comesso a sẽtir
e chorar esa teribill ora q lhe pormeto q en tall estremo
me pos minha vinda q de todo estive detriminado A não
vir a esta terra e deixar fazda e tudo o mais q della
pertendia por sra não deixar a vos mas teve tãota forssa
a nesesidade pa comigo q me fez negar amor e vontade não
q en mĩ se pdese nenhũa destas couzas q digo mas
por
q vivemos de manra neste mũdo q pa nelle viver e ne
sesario deixar ho omẽ liberdade e võtade propia e entregarse
no q elle pede e Requere e porq isto não va mais por diãte
e não mate a anbos escuzo de dizer couzas en q me deleitava
porq ho tenho por milhor remedio q dizello pois por ora se
não escuza viver apartado de vossa conpanhia de mĩ tão
dezejada de mto pouqa idade A q furtuna me foi me foi
senpre tão contraira q me não nada do q tãoto dezeJava
q ben lhe poso chamar nada pois q eses pouqos diaz q tive con
vosqo forão senpre tão inquietos e sen repouzo–