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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1674. Carta de Luzia Carvalha Feio, criada, para a sua irmã, Isabel Carvalha.

Autor(es)

Luzia Carvalha Feio      

Destinatário(s)

Isabel Carvalha                        

Resumo

A autora dá à irmã a notícia de que está viva e de que estivera muito doente, a ponto de receber a extrema-unção. Pede também o envio de tecidos através do portador da carta.
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parte lhe Renda as gracas e por elle me pode Vm escrever porq a de Voltar a este Reino logo e mandeme Vm dar conta de sua Via que primitira Ds q seja como eu dezejo, qua tive po notisia q meu Irmão Mel carvalho feio q era morto e que tanbem era morto meu Irmão o alferes Joze Carvalho e se asim he Ds lhe tenha as suas almas em gloria q em ben pouqua obrigasão lhe estou nem por iço Ds me faltou numa terra tam agreste como he amgolla que não ai nella mais q peste tudo o mais he hũa esterlidade Vai hũa botiga de azeite dous mil rs covado de baeta 2 U 500 rs hũa Vara de pano de lo que chamos nos pano camizeiro 600 rs isto coando ai muito Julge Vm por isto o q podera ser as mais Couzas q quem nesta terra se sostenta limpamte tem q dar a Ds mtas grasas mande me Vm coando me escrever largas novas de minha sobrinha monica maria e de meu sobrinho dioginho se esta ja molher e o menino se he ja homem e lhe mando a minha benca e peso a Ds os cubra de boas fadas q não sejão como a perigrina de sua tia que vim viver em gine entre gentio que não conhesem q couza he Ds inmigos dos filhos e das filhas de portugal q he clime dos filhos desta terra serem nos todos treidores e quem emtre elles se sabe conservar ainda asim não pode viver con elles eu ja não sou o lião que era ja a minha natureza se mudou vivo com todas e todos agrado e com todos me viu tenporizando a snra anna mendes se for viva q premita Ds q o seja pa emparo de seus afilhados lhe mando mil lenbrancas e q esta ceja per sua e que Veja se nestas partes ha Couza em que a posa servir que a minha pobreza esta muito Remdida a seus pes que me alembra muito bem o grande emparo q tive nella cobrindome senpre debaicho do seu honrrado capello pagelho Ds em lhe dar Vida e bom mandado Da snra Dona Vilante não na quero emfadar mais a Vm porq se contara tudo não ouvera papel que coubera o manifestar saudades e sentimento q tenho de me ver tantas mil legoas auzente de quem me criou a snra ana mendes lhe peso me deite a sua bensão e Vm me não falte com a sua eu minha a meus sobrinhos aDs minha Irmã aDs minha mai q em vida de Ds despido de Vm quem podera aconpanhar este papel pa hir ver quem me Criou e quem me deu tão boa doutrina q a não tomar foi maldade minha não falta da bondade de Vm aDs minha Irmã que as lagrimas me não dão lugar a dizer mas a quem Ds gde muitos annos pa o meu emparo e de meus sobrinhos

Irmã de Vm Lozia Carvalho feio

Coando vou a igreja me visto como Veuva com capelo ate o biquo do pe e vestida de sarga negra foi este senpre o trajo q despois que estou em angola truse no mais que tenho variado foi vestirme de chamalote negro pondo com elle capelo do mais que



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