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Maarten Janssen, 2014-

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1718. Carta da Soror Joana Maria de Nazaré a João Fernandes.

ResumenA autora pede a João Fernandes que lhe encontre uma feiticeira que lhe faça um feitiço para matar uma freira do seu convento.
Autor(es) Joana Maria de Nazaré
Destinatario(s) João Fernandes            
Desde Portugal, Lisboa, convento das Flamengas de Alcântara
Para S.l.
Contexto

Esta carta encontra-se no processo da Soror Joana Maria da Nazaré, religiosa professa no mosteiro das Flamengas de Alcântara, presa a 26 de abril de 1718 por bruxaria e feitiçaria. Uns dias antes do Domingo de Pascoela, Joana Maria de Nazaré tinha tido um desentendimento com uma freira do seu convento e, por isso, fora asperamente castigada pela abadessa. Querendo vingar-se, escreveu uma carta a João Fernandes, trabalhador pedreiro, seu confidente, pedindo-lhe que encontrasse uma feiticeira que matasse a outra freira. Várias religiosas do seu convento testemunharam que a tinham ouvido dizer diversas vezes que se vingaria, nem que fosse por feitiçaria, e que ia dar o seu sangue ao demónio, e tinham conhecimento da carta que ela escrevera. Ela não chegou a entregar a carta ao seu destinatário porque teve vergonha, entregando-a antes à madre Maria Teresa da Natividade. Quando o confessor do convento, Frei Hilário de Sto. António, foi ao mosteiro nesse domingo, a madre Maria Teresa da Natividade entregou-lhe a carta de Joana Maria da Nazaré e este deu-a à Inquisição. Tem acrescentado em baixo "Escrito que fora para João Fernandes".

Soporte uma folha de papel escrita numa das faces.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Lisboa
Referencia archivística Processo 8281
Folios 7r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2308396
Transcripción Maria Teresa Oliveira
Contextualización Maria Teresa Oliveira
Normalización Clara Pinto
Fecha de transcipción2016

Page 7r

Joao farnandes bei ceriu tera vose estas regars por novidade mas quem tem pensonis e comviniemsias não repara em nada quero que vose me busce huma feitiseira que fasa hus feitisus a huma feira deste comvento para que mora que sendo asim pudarei ficarei mais livir pois esta feira tãobei tem ditu mal de vose peso isto em segerdo que não saiba nigei isto com birvidade pelo bei que ds mecer lhe pesu segerdu não me falte nisto nei antoniu da conseisão diga nada distu



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