PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Facsimile view

1717. Carta de Francisco Antunes Ferreira para Manuel da Costa, padre comissário.

Author(s) Francisco Antunes Ferreira      
Addressee(s) Manuel da Costa      
In English

Denunciation letter from Francisco Antunes Ferreira to Manuel da Costa, a priest and Inquisition commissionary.

The author, encouraged by his father confessor, denounces a prostitute, Guiomar Pereira, for having him and other men bewitched. The proof he offers has to do with the money they spend with her against their own will, apparently forced by her powers.

The Inquisition archives contain, apart from the around 40 thousand individual proceedings ("processos"), a collection of scattered charges, for which the Inquisition "Promotor" had to decide whether or not to prosecute. Complaints, confessions, letters by the commissioners or about different stages of each proceedings are some of the document types that can be found in these books. This letter has been kept among such documentation.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 360r > 360v

Meu Sor Rdo Pe Comissario Manoel da Costa

Denuncîo ao tribal do sto offo por ordem de comfessor Franco An-tunes Frra Pintor nal, e mor na Rua das taypas da çide do Portto da frga de N Sra da Vitoria, de Guiomar Prra mer meretris natural da cide de Lxa fa de João Pinto Pra defunto criado q foi do fi-dalgo do Bomjardim, e de sua mer Mna Carva a Lisboana por al-cunha, Lavadra e mora defronte do Adro de sto Andre frga de sto Ilde-ffonço extramuros desta cide, e ella dta denunçiada mora por bayxo dos selleiros do pão ao calvario novo defronte da qta das virtudes frga de sto Ildeffonço; por prezumpção de ter pacto com o demonio, e por virtude de obrar couzas, com q fizesse comtinuar em corresponderemna os homens, com qm trata, e tratou illicitamte, e q outros a procu-rasem, e pareçesse a todos fermoza, e lhe quizessem bem, e dispendesem mto com ella.

O q a esta prezumpção me persuadio foy, q falando eu com a denunçiada por tempo de Dous mezes, por algũas vezes tive com ella algũas dissenssõins, e sem embo de por cauza dellas não querer falar com a denunciada, poucos dias se passavão, q eu como violen-tado não fosse falarlhe, procurandoa, e dandolhe dinhro mtas vezes com largueza, e não deixava eu de fazer reflexão admiran-dome asim sobre o alvoroço com q a pcurava. como sobre o gastar tanto com ella, qdo com outras similhantes mers mto menos dispendia não passando de 240 rs, e 480 rs

E andando asim perplexo, receando q ella me tivesse feito algua couza, busquei meyos pa me retirar della, e não me foi possivel, the que me vali de N Sra da Nativide da fonte da Arca, fazendolhe hua novena com premessa de hũa esmolla, pedindo-lhe me acudisse, e fizesse esqueçerme de tal mer, e no ulto dia da Novena emcontrando Anta Correa mer soltra, vezinha q foi da denunciada, e hoje mora na viella do ferrás dta frega de N Sra da Vitoria, e por ser grande amiga da denunciada, lhe reprezentei em segredo o sentimto com que andava; e ella



Text viewWordcloudManuscript line viewPageflow viewSentence view