PSCR1199 1541. Carta de um autor não identificado para Miguel Nunes, seu cunhado.
Summary O autor dá instruções sobre negócios.
Author(s)
Anónimo525
Addressee(s)
Miguel Nunes
From
Portugal, Faro
To
Portugal, Lisboa
Context Miguel Nunes, cristão-novo, mercador de vinte e cinco anos, foi preso pela Inquisição em 1541 por culpas de judaísmo, respeitantes aos dois anos em que tinha vivido em Fez. A carta, que lhe foi enviada de Faro para Lisboa por um cunhado, foi anexada ao processo, embora não tenha servido de prova de acusação.
Support
uma folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces.
Archival Institution
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Tribunal do Santo Ofício
Collection
Inquisição de Lisboa
Archival Reference
Processo 2850
Folios
61r-v
Online Facsimile
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2302782
Socio-Historical Keywords
Teresa Rebelo da Silva
Transcription
Teresa Rebelo da Silva
Contextualization
Teresa Rebelo da Silva
Standardization
Clara Pinto
Transcription date 2016
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Text : Transcription Edition Variant form Standardization - Show : Colors Formatting <pb> <lb> Images - Tags : Detailed POS Lemma Linguistic notes
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Ao snor mygel nuniiz meu Irmão
ẽ lxa
ẽ farão a 15 d agto de 541
sor Irmão
sam tamtas as cousas que me ocuRam Ao pensamto pa vos
espver q aguoRa q amtre sy tem pa se vos demostraren
me faz a mÿ Recolhelas se não as decrarar pq de cada
hũa delas he necesario fazer hũa carta mor q esta
o q não terya p muyto trabalho se cõ elas podeseis fazer
paguamto Ao diaguo e Aos mais pq semdo Asy a vos
sobejarya pa paguar e a mÿ não faltarya q dizer
mas credeme sor Irmão q quãdo me lembra que devamos ẽ
tão querya não ser o snor ds me pdoe e isto não pq mo
lembre dro senão p v q p ele tenho ẽpenhado o cõ
temtamto de viver e a liberdade de v eses dias q qua
estou ausemte e mal aja a fortuna mal aja o gorgulho
e mal ajam nosos pecados pois são causa de tam piquenas
cousas semtiremos tamto q na vdade pa nos seremos quẽ
cuydavamos e cuydamos q somos pdese o mũdo nos ou
va de lembrar muy pouqo e pa ter hũ anno de vida ou
veramos de trabalhar muyto não pa dizer prometo de taba
lhar pa viver senão prometo q não quero viver sẽ vida
e se Isto fora asy ds sabe o q fora . e não apregoar
vo e vẽder gorgulho pque não ay artes a ds como diz a sna
vosa may e sogra . AReneguo dos diabos pq diguo tamto
e sey tam pouqo aReneguo dos diabos pq simto tamto
e o tão mall E a mor cõsolacão q tenho he cuidar
Eu espvo a Ruy glz e lhe mãdo cõ alomso glz hũ mercador
mor aquy cimquẽta e cimqo cruzados em dous portugueses
e dezassete dobrois e mo cõ estes tenho ca mãdados
92 U 640 rs as saber hũa letra a mestre mel de 35 U 640 e mo
a po Roiz de 35 U se aguora 22 U tudo isto posto ẽ
milhor cõta que Razão o do abaixey a lR rs trez
p vemder seis ou sete moyos vẽdo a troqo de figuos
p p e prouvera a ds que todo se vẽdera Asy o q fora se não
se devera . esta somana espvy a snora Lyanor frca e lhe
mãdey ẽ hũ navio hũ cesto gde cõ biii dzas de malega de
sevilha e hũa pedra de linho o q cuido ja tera Recebydo
la lhe ispoy ptise cõ todos se ela quyser . folgarei
muyto saber se tenho fo ou fa jaa me pareçe me o frey la
querẽdo ds aquy espve hũ frco vaz q esta ẽ Roma
a seu pay como os nosos negoçios estavã da manra q
o desejavamos de q estou muyto ledo jaa me pareçe ho
sabereis laa e senão temdeo p certo pq eu vy a carta
e fala muy larguo e he pa quẽ a mãdou muyto certo
nã se ofereçe outra cousa senão ficar Rogamdo a ds vos
tenha ẽ sua guarda a todos amẽ - e em de todos e
todas m ẽcomẽdo - aquy me derã novas de frei frco alviz
fo de joana frz q mora hy na Rua nova o ql foy cõ fernã pirez
peço vos saybais dele novas e se mãda algũ Recado da Roupa q
me levou pq he pa pagar a do alviz d alvito cõ o qual
ẽ muyta vergonha
fazei
Legenda:
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