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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1734

1740. Carta de João Vaz para José Cerqueira Pinto, vigário.

ResumoO autor queixa-se do que lhe têm feito na sua ausência e dos infortúnios que tem padecido.
Autor(es) João Vaz
Destinatário(s) José Cerqueira Pinto            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Viana, Cabração
Contexto

João Vaz moveu uma causa crime contra o padre José Cerqueira Pinto, vigário da freguesia de Cabração, Viana, acusando este de ter tido um caso com a sua mulher, Domingas Esteves. Estes factos teriam ocorrido quando João Vaz esteve ausente de casa, passando em Lisboa um período de oito anos. Segundo o queixoso, as cartas apensas ao processo constituiriam prova do sucedido. O denunciado, porém, contestou a veracidade das mesmas, alegando terem sido forjadas. Argumentou ainda que João Vaz agira por vingança, a ponto de reunir testemunhas falsas contra si. Ao longo do processo, percebe-se que foi afinal o irmão de Domingas, João Esteves da Vige, o causador desta intriga, instigando João Vaz por meio de cartas e reunindo testemunhas contra José Cerqueira Pinto. A inquirição das testemunhas colheu dados contraditórios.

Suporte uma folha dobrada de papel de carta escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Distrital de Braga
Repository Relação Eclesiástica
Fundo Livramentos
Cota arquivística Maço 1, N.º 1
Fólios 37r a 38v
Transcrição Ana Leitão
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Ana leitão
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

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Des gde m anos Ao senhor Vigairo Jozpe criqueira pinto na frga de sta mar da cabra cão no caril porte xx Lisboa 16 de ouitbro de 1740 a

Senhor compe Recevi a De Vmce ffeita em 6 do corente que mto estimei por nela vre nela Vre q Vmce pesohia boa saUDe Des lha consreve os annos do seu Dezejo para da q me Des fas merce desponha dela como a sua porpia q por ora he milhor do q mereco a Des sempre esperando ocaziois de Vmce em q lhe apeteca

Sor compe a Vmce tenho escrito Duas Vezes des q me Vi na minha libradade delas não teve reposta o sor premita não seja falta de Saude nem nesta me fala qdo as recevera de q sentirei mto Vejo o q me Dis a respeito Dos meus bens q quer a minha pouca ffrotuna q eles chegasem andaren em porgois em ponte de lima o mais q sinto e tenho sentiDo em me Verem estes meus grandes amigos em hua prizão tam grande e me poren mais o baraco pa me emflocarem e quererem comer os meus bens de graca por modo de fruto Savendo o q eles Valem oje os amigos são poucos mas ate não tremos a tera sobre os olhos não podemos diZer couiza nehua q em min o tenho eu Visto pelo mto q me ten desandado a roda mas paciencia pa com Des ja q ele asin he servido asin q me Dis q chegue a tera a Vontade boa he mas Mas ben save Vmce q quen não trota e como eu esteve 15 mezes em hua prizão os gastos que ffaria e pasra como Des hera srevido q se não forão certos amigos os Vichos me aVião de comer Inda não tenho ajustado contas com eles mas ando nesa diligencia e pa tirar a minha centenca Do meu libramento asin q estando corente logo me hirei postrar os pes de Vmce e Dralhe os agradicimentos Da esmolas e mreces q me ten feito e fas se eu o não souver agradecer Des he lho Dara como pai e sin lhe peco não se descuide e o sor Lourenco Des eu não tenho agravo dele so sin em ele pormeter Dozentos mil reis pelas caZas e eu lhe escrever q tomase tudo no outro por Dozentos e trinta mil reis ele andra a gastra o Dro Valdamte nem Siquer me respondre q ele isto prometeu a João Friz do outro a Vista de testas bastantes o q Dis de meus compadres Visente roiz e meu compe joão friz Ven save vmce a Vontade deles q tomarão eles q me não fizerão agravo nehum e sin lhe peco q lhe de minhas saudades a minha oBrigacão pa la escrevi as novidades desta tera e q chegou a frota de Inguelatera tudo estava mto caro agora tudo ha De embarateser Des querendo não quero molestra Mais a Vmce so pedir a Des lhe De os aUmentos que Dezeja Amigo e Compe De Vmce

João Vaz Sor Compadre Vigairo Joze Criqueira pinto

João friz Se oferece a Vmce Saudades estimou mto as suas


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