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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0290

[1821]. Carta de pedido de António José de Miranda Júnior, negociante, para Pedro Alexandre Cavroé, jornalista.

ResumoO autor protesta junto do redator de um jornal pela forma como aí foi tratado. Pede que a sua defesa seja tornada pública.
Autor(es) António José de Miranda Júnior
Destinatário(s) Pedro Alexandre Cavroé            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa
Contexto

No processo da Casa de Suplicação, António José de Miranda Júnior, negociante da praça de Lisboa, acusou de difamação o redator do jornal Mnemosine Constitucional, Pedro Alexandre Cavroé. O jornalista tinha redigido um artigo que fazia referência a um dinheiro gasto por António José Miranda Júnior. O autor do processo escreveu então ao jornalista uma carta aberta pedindo a sua publicação no jornal para esclarecimento desta questão. Na esteira do jornalismo de teor panfletário e propagandístico que assinalou a imprensa periódica do Liberalismo, o jornal de Pedro Alexandre Cravoé, publicado entre setembro de 1820 e junho de 1821, revelava um cariz político evidente e claramente assumido pelo seu redator, acérrimo defensor da Constituição e da doutrina liberal.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com o sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra P, Maço 5, Número 14, Caixa 11, Caderno [1]
Fólios 9r-10v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Rita Marquilhas
Data da transcrição2007

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Senhor. Redactor da Mnemosine Constitucional. etc etc etc Lisboa. LISBOA Senhor Redactor da Mnemosine C

Em certa epoca, dei certo dinheiro, para certa coiza. Quando asignei andava a sõma por hums seis contos de reis; dizem-me que chegou a oito contos. Vierão receberme o dinheiro com que subescrivi: e natural que o recebessem dos outros. Não se distribuio por aquellas para quem dizião que era: he natural que alguem o te-nha. O primeiro que figorou na aquizição não era nem he nem sera capas de o ter, e não dar contas; digamolo em bom portuguez, de ficar com elle. O segundo prtanto he que o quer bifar. Queira por este lembrete no seu interesante Jornal, para ver se se invergonha o sujeito que esta conchavo com elle, e o derige ao seu destino; e quando não saia á esporada, guardeme hum cantinho no seu Jornal daqui a oito dias, porque entao vai a historia trocada em miudos com o nome do sujeito. Quem quizer ficar com 8.000.000 reis alheios, procure os meios de cohonestar ação; finga huma fallencia, hum incendio de carteira, ou outro algum incidente, tanto em voga em nossos tempos; mas receber dinheiro para se distribuir em donativo á tropa, e querelo suripiar. O Ceo clama, a honra ofendesse, e os logros aomentãose, e os ladrões multiplicão-se, e inda em cima se riem, e eu que dei o meu dinheiro para hum valorozo cidadão para hum defensor da Patria ter hum dia hum jantar que lhe encha a barriga, onde beba á saude da salvação da Patria, não concinto que hum que nada disto he, antes he hum trapalhão coma todos os dias piruns, e rode em burnida sege á custa dos lorpas e loirasas que lho entregarão e não lhe pedem conta. Adeos Sr Redactor, até á semana que vem. Queira por isto, que o homem se VMce não fica com o dinheiro, e quem perde he a tropa. Tenha dos pobres ca-maradas.


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