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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0667

[1766]. Carta de António da Cunha e Sousa para a noiva, Joana Maria da Cunha Sotomaior.

Author(s) António da Cunha e Sousa      
Addressee(s) Joana Maria da Cunha Sotomaior      
In English

Love letter from António da Cunha e Sousa, a nobleman, to his beloved, Joana Maria da Cunha Sotomaior, daughter of an aristocrat.

The author complaints about the difficulty to face the addressee's father, who objects to their marriage.

Francisca Rosa de Sousa, the wife António da Cunha Sotomaior, a noble man, fled from him taking two daughters with her, took refuge in a convent and asked for a divorce because the husband, according to her, didn't follow his obligations. The husband recovered the ward of the daughters and tried all sorts of ways, including the forgery of documents, to prevent one daughter, Joana Maria, to marry. The father finally died and the family claimed the right to the inheritance in court.

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J do C pouco se pode explicar a aflição, que todos temos recibido, eu sinto o que padece como qm tanto deza o seo dezcanso, mas eu de todos os trabalhos juntos da ma vida se me não seguio nunca a constrenação em que me tenho visto, e de risco, e perigo, que tudo sem reparo me tenho sacraficado per salvar os escrupulos com q o temerario de SM tem querido aruinarme com perda de seu credito, não se lhe dando nem de seo propio nem no de sua fa Comtanto que possa vingarse de mim, q o seo objeto, e tudo com tanta infelecida, q acho todos com inacção pa servirme por temor de seu orgulho: todos pellos motivos preztes igualmte se unem na aprovação de ocupar o remedio deste cazamto, mas ninguem comcorre pa elle excepto Mna que tendo os mes motivos de oporse qm por compaxão ma não rezistio, mas se tem posto em publica defeza e sendo a mesma q me insta na brevide e diLigencia de concluhilo por siguransa de algũ procedimto, q contra mim se detremine deixandome nesta bem rara acção huma obrigacão iterna, e incompenSavel, q alias todos nos percipitariamos sem Remedio, porq as queixas são mtas, e com mto fervor e inpruda, como couza louca, ou ezpirito infernal que a domina, e soposto tenha concegdo por de milhór comdicão os animos daqueles de qm se tem valido comtudo pouco tenho conceguido, porque procurey o Pe Vicente parte do Cunha, e o Geral delles q Pro do Patriarcha, e os Capacitei a principio o que dirão Ma J ao Pay, porem este não quis e deitou pelos ares, e buscou ezcrever huma carta a Mna A q rezpondeo com a prudencia, e capacide, que , eztando não compadecida de mim mas de Ve e de Md sem q no seo sincero, coracão o perturbe a sua magoa, ou lhe fasa oposição esta Cauza, e como eu dezejo acomodar este demo pr todos os meyos lhe ezcrevi huma carta cuja resposta remeto, e juntamte a va que lhe escrevi que tudo vou tresladar pa q veja: O Patriarcha lhe qr falar no cazamto, e todos berrão de ele não querer concentir, pois qdo os meoz partes aprovarão a idea thé honde chega a rezão: ma cunhada q ezta como o Diabo en carne: Po Xr Prior de S J Chr C e todos eztes eztão a meo favor Esta menha pus as pras denunçias nas Igrejas e se passarem sem diabrura brevemte, aquele Dragão inimigo, e inquietação iterna mas se conceguir, se ele não conspirar contra a ma vida, eu lhe porey as uvas en pisa: fuy saber se M J estava em sta Joana na fortala ou se esta se foy as escondidas, elle tem sahido, e lhe fazem todo o aplauzo, e corre noticia, que o favoresem e ella a tal sra não fala mto a teo favor: terar: Eu faley a El Rey na auda de sabado bem a ma vontade e tenho falado ao comfesor de El Rey, e por toda a pte conto o peor de ma fé, e sem duvida, que as couzas estão tão inbaralhadas, q os conceitos e se elle tivera honra havia de satisfazer os juizos de todos com o consentimto do cazamto mas elle qr experimentar pro se concegue con Contra mim algũ castigo do que Remediar o seo conSeyto, mas de que nos ademiramos se elle por vonte propia qm asi se aRuina: dice o padre, que se via q eu cazava com sua fa que me avia de atirar tiro: isto o que por suma de naRação lhe posso contar pessa a N S detrimine a bem de todos, q Ds que de repente moveo esta tão grde tromenta em ocazião bem inpensada será pa algu fim: O mais hiremos vendo: De Nuno he verdade q esta a seu favor, dele e he qm lhe conceguiu o avizo, e q esta bem capacitado contra a Pra e he de comfurmide pa os trabalhos, q lhe , e a mim bom suceso nas diligas de remediar tantos danoz Ds etc

eu

Agora me chega este escrito de sua Mana; q lhe remeto pa seu alivio, e dezcanso: lembrame que tem rezão de pedir abatimto do pizo de Md mas pr bem q não va a cunha tirar as fivelas, e se por acazo esa senhora dese meyo de lhe comonicar, o q se passa teria nisso gosto senão paciencia: não vão agora as cartas porq ja não tenho cabesa pa escrever, o q farey com brevide.


Legenda:

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