PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

CARDS2201

[1796]. Carta de Bento Varedas para Dom João de Almeida de Melo e Castro, diplomata.

Author(s) Bento Varedas      
Addressee(s) João de Almeida de Melo e Castro      
In English

Request letter from Bento Varedas to his friend Dom João de Almeida de Melo e Castro, the Portuguese plenipotentiary minister in London.

The author asks for fine writing paper, which he cannot find in Lisbon. He wants quarto sheets for regular letters and octavo sheets for love letters. He sends news from the country and from common friends and expresses how much he misses London.

João de Almeida de Melo e Castro (1756-1814), the 5th Count of the House of Galveias, was a Portuguese diplomat who, given the pluri-continental nature of the monarchy he represented, had to be very subtle, while dealing with foreign powers, in the management of the resulting Portuguese political ambiguity. He was a plenipotentiary minister in London, the Hague and Rome and an ambassador in Vienna. After 1801 he had different government functions: foreign affairs minister, war minister, navy and overseas minister. He had also several honorary titles. He married Dona Isabel José de Meneses but they had no children, so the 6th Count of Galveias was his brother Francisco (1758-1819).

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

His Excelly 3/4 chevalier d'Almeida Ambassador from Portugal London Lisbon

FOREIGN OFFICE 98 AP9

Illmo e Exmo Snr

V Excia tera estranhado o meu silencio: mas elle tem sido de propozito: e igualmente por falta d' assumpto. Confiado no caracter de V E que corresponde á idéa que eu formava antes de têr a honra de o conhecer, vou pedirlhe hum favor: na esperança, de que V E náo duvidará de o fazer: pois que, n'esta minha confiança V E que eu pago hum tributo á sua generozidade.

V E sabe, que aqui para tudo sêr coherente, tudo he porcaria, (cortejo inseparavel da patetice) e assim lhe pesso hum pouco de papel de quarto para cartas: e n'elle participarei a V E o que aqui observar digno d' atenção: e juntamente d' outro papel que he a metade deste para bilhetes amorozos: tenho huns amores finos, que merécem papel fino.

Se V E achar algum Livrinho Francez, d'este genero amoro-zo, e sentimental ficarei por elle seu fiel cativo: e espéro da sua galantaria, alguma coiza frivola, mas esquezita que eu possa fazer prezente ao meu bem.

E R Mce eu cumpri com as ordens de V E respectivo ao Conde d' Assumar: V E bem o sabe: elle está em Extremoz, com sua espoza, e filhos: o Tio Alorna em Almeirin, descançando da tempestadebatalha que venceo por em desfazer o cazamento do Conde da Ega: e eu, no Rocio:

Aqui se fala em V E n'algumas cazas: e ultimamente no seu prezente á sua noiva; que tem cauzado invéja a mais de quatro nymphas Portuguezas: dizem que valle hum milhão! eu creio que V E tem animo, mas achoo mto honrado pa têr hum milhão

as dimissoens dos grandes Snrs (sont á L' ordre du jour) por 24 horas.

Rogo a V E hum abraço no galante Meloy, hum no amavel Vieira, e outro no rígido Camera. Se a consumpção o não tiver consumido: ás Nymphas Inglezas, saudades a morrer... Ds gde a V E como dezejo

Bento Varedas Lisboa 28 de Março Hotel de Cadaval

Huma grande snra dezeja Catherina 2da mais terei que dever a V E ... vous n'avez qu'a m'ordonner...


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view