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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1602-1603]. Cópia da carta de Isabel Mendes para João Nunes Baião, seu filho.

Autor(es)

Isabel Mendes      

Destinatário(s)

João Nunes Baião                        

Resumo

A autora tenta aconselha o filho a defender-se bem na prisão e a ter esperança numa libertação próxima.
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[1]
ser dia de peixe c o mandasse, roguei a mossa q viese tomar os
[2]
fartes q tinha feitos não veo a tempo, oje veo; mandeivos
[3]
cento menos vinta simquo ontem q foi sabdo mandei trinta
[4]
per outra via, e mandoume o bulle, não sei se vollo mandou cẽ
[5]
os fartes, se ella me enganou não vera mais couza minha.
[6]
tambem vos mandei tres mangas no mesmo dia, e sempre lhe
[7]
vão sestinhos dellas, e diz q vos as pedis. Os aneis diz o sapa-
[8]
teiro q os deu a ourives, e que foi pa outra banda q nunca
[9]
mais veo, o d alfandiga diz q não acha no livro tal anel,
[10]
nẽ o vosso nome, nẽ quanto deveis sobre elle, mas q vera; tambem
[11]
vos mandei o fuzil, e a pedra q estava no saco da monisão e mto
[12]
pequena. busquei outra maior não na acho nẽ a comprar, quizera
[13]
Vos Mandar mechas não asertou na tempera do enxofre e não sei
[14]
com que o derretem mandaimo dizer, e falasei, tornovos
[15]
encomendar q tenhais paçiençia mas q vos falem em Adão
[16]
E Eva. hum menino de tres annos q sabe, mas entendei q essa
[17]
he a tosse, não vos desconsoleis q Ds vos ha de Livrar muito
[18]
bem com a verdade, diz o pe q não continueis com isto per q
[19]
não aja mais trabalhos, mas prazera a Ds q sera per pouco.
[20]
o esCrito vai dentro neste a Virgem Nossa Snora vos tenha
[21]
de sua mão a benção de Ds, e a minha vos cubra.


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