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Maarten Janssen, 2014-

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1576. Carta de Julião da Costa, oficial da Coroa, para Maria de Almada, sua mulher.

Author(s)

Julião da Costa      

Addressee(s)

Maria de Almada                        

Summary

O autor mostra-se confiante quanto à entrada da filha no mosteiro de Chelas. Além disso, dá notícias da sua estada na Índia e faz recomendações à destinatária, sua mulher.
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[1]
arisquada por amor de vos justo he q sofraes A de vosa fa
[2]
tendo A tão perto e con a vida tão segura fiqo mui con
[3]
fiado q na reposta destas me escrevera q são ja meus deze
[4]
jos conpridos e fiqa minha fa no mostro q sobre estas espe
[5]
rãsas vou ja vivendo e descansando e o digo a meus amigos
[6]
todos q tenho hũa fa freira/ ao snor bpo pode pidir de
[7]
minha parte toda A ajuda e favor pa isto e pa o mais
[8]
q tall amor e võtade me mostrou senpre q creio delle
[9]
q q en tudo o q se oferesser me fara mtas ms coanto mais
[10]
en couza tão justa e de sviso de ds e o mesmo fara don Jo
[11]
A quen pode acupar en tudo
[12]
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Eu sra conprey qa hũs moinhos por sinqoenta mill rs q rẽden
[14]
sesenta alqueires de trigo e não sei coantas galinhas e
[15]
pagão de foro quinze alqueirescomo como vera plas
[16]
escreturas q mãodo por tres vias os qs conprei A
[17]
paullo cabrall cunhado de po frz tronqro do arsebpo pa quẽ
[18]
vão cartas con estas minhas e nesesario q antes q lhe
[19]
mãoden as cartas mãodeis chamar po frz mell frz e lhe
[20]
digaes q Roge A po frz q aja esta venda por boa e lhe
[21]
dares A cartas q vão pa elle e pa po frz e pidirão A po
[22]
frz os titulos e escreturas dos moinhos e asĩ e nesesario
[23]
saber quen he o senhorio dos moinhos pa q lhe rogen pa
[24]
algũa pa q os não queira plo presso diz este mãosebo
[25]
q ho molro e obrigado A trazer este trigo A lixa e
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q ao mesmo molro arendou os moinhos po este preso po
[27]
nove anos con hũa tera q ten os moinhos po ẽtão a conprei
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con tudo o mais q ptencer aos moinhos os qs nove anos
[29]
diz q se acabão Agora se lhe la pareser ben darlho plo
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presso fasao ho q tudo sera p conselho do lesensiado
[31]
fernão duarte outro irmão deste paulo cabrall e
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cunhado de po frz anda qa e ten hũas teras de pão
[33]
en punos as qs me quer vender saibão de po frz o q
[34]
renden e o q vallen pa lhas conprar
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[36]
pesovos sra q não aja couza q fos fasa ver nen ouvir novas de
[37]
pesoas aqui con tãota rezão o deveis Asi de fazer e não bastẽ
[38]
pa iso apostolos nen outras pas pa acabarẽ convosqo couza
[39]
q en tãoto sentirey valha eu e a rezão nisto con ella
[40]
mais q todos nen baste poren ha nesesidades pa lhes valer

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