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Maarten Janssen, 2014-

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1764. Carta não autógrafa de Frei Custódio da Conceição para Dom Sebastião Paim de Melo.

Author(s) Frei Custódio da Conceição      
Addressee(s) Sebastião Paim de Melo      
In English

Advice letter from a priest, Frei Custódio da Conceição, to Sebastião Paim de Melo.

The author advises the addressee on how to behave regarding an inheritance. He thinks he should not fight for it because the money of the deceased went tothe church and the addressee would get a guilty conscience in the future for profiting an undeserved income.

These are the proceedings involving the inheritance of a deceased priest who left his money to the church.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 76r

[1]

Reçebi a sua cheya de afliçoens fundadas nas injustas

[2]
perceguiçoens, q Ds N Snr Pr altíssimos Juizos seus premite q Vmce
[3]
padessa, devendo considerar, pa socego do seu interior, q a conformidade
[4]
com a sua Divina vontade, e esperança certa na sua providencia
[5]
hera o milhor Lenitivo pa a sua aflição, pois este amte Pay sempre
[6]
acode aos atribulados injustamte afligidos, emfim, fis sciente ao meu
[7]
Pe Proval da sua carta, e do seu susto, e verdade q nella fálla, como qm
[8]
vio, e prezenciou todo o caso q Vmce Reláta, e com toda a verde expoem,
[9]
elle ficou comigo de escrever ao V P Prior desse Convto pa obrar neste
[10]
negocio o q he razão, e justiça, de q eu o informarei, e estou certo que
[11]
o Pe Prior nenhuma culpa tem no q obra, pq não sabe as tramoyas
[12]
com q a tal Escritura foy feita, nem o pa que, e agora o fasso eu tbm
[13]
sciente na ma carta q lhe escrevo, e asim esteja Vmce certo q informa
[14]
do da verdade, não he Religo capas de fazer a minima injustiça
[15]
a ningm, e asim o ha de Vmce exprimentar no tpo em q elle nessa Praça
[16]
tem existido. A mesma divida de Henrique da Costa do q trata
[17]
o Testamto do do está satisfeita ao mesmo Po Deffunto, cuja sa
[18]
tisfação eu principiei, e foy primro do q aquella q depois aRecadei da
[19]
Snra sua Esposa de huma esmolla de cento, e vinte +dos q o do Defun
[20]
to deixou ao Convto, motivo p q tive alguma dizensão com o Pe Fr
[21]
Felis; agora no q tóca á deixa de trezentas Rups, q elle deixou nos se
[22]
us apontamtos, nem elle soube o q fez, nem Vmce tem júz a semilhe
[23]
dro, pq o Religo não pode dezerdar a May, q he a Religm, sem total
[24]
Ruína, e condenasão da sua Alma, e se Vmce dezeja a salvação da
[25]
quella Alma, p tal couza não procure, nem qra tal heransa, q tbm
[26]
fica a sua conciencia encarregada, como se aseitasse o q hum filho
[27]
familia fortou (sc) a seu Pay. Não mais q lhe dizer neste , nem o
[28]
tempo me lugar pellas mas ocupaçõens. Fico prompto pa lhe obe
[29]
descer, e dezejozo q disfrute felis saude pa empregar no servisso de
[30]
Ds a qm pesso gde a Vmce m a

[31]
Convto da Graça de Goa de Dzro
[32]
de 1776
[33]
D VMe
[34]
servo mto Venerador e obrgo e
[35]
Fr Custodio da Conceyção ...

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