O autor queixa-se da vida no convento, longe da destinatária e suas filhas. Pede informações sobre uma intriga que o envolve, agradece um "sinal de amor" que recebeu e pede um novelinho de linhas na próxima encomenda.
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Emqto acha ser penar infernal
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[2] | malvada, e diabolica, diga o q quiser, porq espero
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[3] | ouvir ainda diser q morreo com a lingua presa co-
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[4] | mo morreo a Irman, porq não poude ja ds sofrer
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[5] | a soltura da sua lingua; Divirtasse com o mi
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[6] | rrado Carquilho, porq ambos tem o mesmo genio
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[7] | e de ambos espero verme vingado. Emqto ao
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[8] | casamto de Luis Machado não me descuidarei
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[9] | em havendo ocasião, no q faço a maior finesa
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[10] | porq depois q vim ainda não fui à Casa dessa
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[11] | molher nem fasia tenção de lá hir; E so Irei a esse fim.
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[12] | Agradeço o sinal de amor q veio dentro da Roupa
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[13] | e venha sempre dentro alguma coisinha, por pouco
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[14] | q seja; A todas minhas Irmans, e especial
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[15] | mte a Ines mto me encomendo; Mandeme
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[16] | hum novelinho de linhas, pa coser alguma
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[17] | coisa qdo me for necessario. E aDs q não posso mais.
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De VMce Fo mto Amte e obediente.
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F J M Ds
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