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Maarten Janssen, 2014-

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1817. Carta de José Brudo, negociante, para Francisco Maria e João Evangelista Montano, credores.

SummaryO autor escreve aos seus credores esclarecendo as poucas culpas que tem numa acusação que lhe foi feita.
Author(s) José Brudo
Addressee(s) Francisco Maria       João Evangelista Montano      
From França, Salles
To Portugal, Lisboa
Context

Processo relativo a José Brudo, acusado por parte de Francisco Maria e de João Evangelista de burla em relação a cinco letras, culpa que negou.

Support meia folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 49, Número 8, Caixa 152, Caderno 1
Folios 96r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcription Ana Rita Guilherme
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Ana Rita Guilherme
Transcription date2007

Page 96r > 96v

[1]
Salles Sres F M etc J E Montano

Sres Venho saber q sahio de Sua caza o Seu Guar

[2]
da Livros Carlos Wirth ignoro os motivos e não he Couza q dezeje Saber quaes
[3]
sejão elles.
[4]
Vmces me accuzarão de hum Crime perante o Tribunal Compete
[5]
porem sei positivamte q não forão Vm q fizerão e bem sim o do Wirth, Eu nun
[6]
ca culpei a Vm nem tive nada directamte com os Sres porem sim com
[7]
Carlos q me precipitou de todos os modos querendo-me desacreditar, e Sacrificar,
[8]
como com effeito conseguio, e levou a Sua Vingança mal fundada ao ponto athe
[9]
de induzir huma Caza tão Respeitavel como a Sua á atacar hum homem
[10]
q nunca imaginou fazer mal a Pessoa alguma, e muito menos aos Sres
[11]
de qm de algum modo tinha recebido obsequios. Não tenho mais nada a dizer-lhes
[12]
neste Particolar, porq ainda estamos a tempo de findar este Negocio amigavelmte
[13]
o qual não he senão prejudiciavel tanto a Vmces com a mim, da minha
[14]
parte estou prompto a findallo amigavemte e a continualo se Vmces quizerem
[15]
com toda a força, pq a ma Razão afinal ha de obter o rezultado da Justiça q me
[16]
assiste, no entanto o q vai acontessendo he a delapidação dos meus bens
[17]
gastando os com a Justiça, e o meu discredito deitado a perder, pq nem todos
[18]
podem saber a Razão de cada hum.
[19]
Vmces são meus Credores eu não o nego, e talvez o não serião
[20]
se Wirth me não tivesse envolvido em tantas negociaçoens como me fez
[21]
e estou prompto a dar-lhes provas q elle foi cauza das tromentas que
[22]
me acho padecendo, porem eu não vou com esta a incinualos pa q ha
[23]
jão de estar pa ma concordata q eu pedi a todos os meus Credores me assig
[24]
nassem emquanto a isso está ao Seu arbitrio, e farão o q bem lhes parecer:
[25]
Espero de Vmces a resposta pa me saber governar pello q toca ao Crime, e lhes
[26]
asseguro q sempre olhei pa Vm com a milhor Consideração cenão
[27]
q concorria pa a ma total Ruina e q talves pello decurso do tempo
[28]
fosse a cauza do de Vmces
[29]
He o que ao prezente se me offerece

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