O autor conta que escreveu dez cartas a amigos e pede que o teor destas seja do conhecimento da Inquisição.
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Illmo e Excelmo Sor
Athe agóra não falley a va Illma Sria no par do meu negocio, e
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[2] | da minha beata Inez da Conceyção sua humilde serva, q está na Inqão
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[3] | de Lxa. porq me pareceo, q tudo o q lhe podia dizer, serião couzas, q
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[4] | va Illma sria já sabería, e q tudo o q lhe dissesse de mays, parecería
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[5] | por então incrivel, por ter contra sí o parecer de tantos, e tam grandes
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[6] | homens como se sábe neste Reyno. Porem agóra, cuido q já posso
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[7] | dizer neste par alguãs couzas não só com novidade, mas com algum
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[8] | fundamto pa se poderem crer, e sam as q se contem em dez cartas, q
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[9] | desta villa tenho escripto a alguns amigos á cidade de Lxa. pa q depoys q as lessem as pessoas, q lhes nomeava, as entregassem na In-qão da mesma, como supponho fizérão; das quáys deychey as co
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[10] | pias na minha mão, e a de cima, e ultima dellas he a q com ésta
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[11] | vay, q offereço a va Illma Sria, não vão com ellas as nóve, porq o
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[12] | q se contem nellas, digo em summa nesta, mas qdo va Illma Sria
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[13] | se sirva de as querer ver, com avizo seu lhas remiterey. E como
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[14] | eu espéro q o fim deste negocio polas suas circunstancias seja hũ
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[15] | dos mayores cazos, q se tem visto na Igreja da morte de Xpto Sor
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[16] | nosso a ésta parte; não me pareceo justo, sem pagar a va Illma
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[17] | Sria as Primicias das noticias delle, manifestallas a outra alguã
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[18] | pessoa, polas raxoens, q me obrigam a fazello assim, por vaçallo,
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[19] | subdito, e hoje diecezano de va Illma Sria a qm pesso a sua Benção,
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[20] | e com ella a de Ds q a va Illma Sria gde. De Loule em 31 de Agto de
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[21] | 1692.
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[22] | De va Illma Sria
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Mto humilde servo
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o Pe Anto Glz do Sacramto
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