O autor informa a sua antiga filha espiritual de que os seus atos não tinham intenções ilícitas e que esperará pela decisão das autoridades competentes.
[1] | Cheguei a cella de v charide e âchei sem dar acordo de si; bradeilhe, e pegueilhe
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[2] | na cabessa, e nada me respondeo. puslhe meos preceitos, ou o que Ds me inspirou
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[3] | (e aqui devo eu profundamte adorar os seos juizos de Ds) e chegando o ouvido a sua
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[4] | faça comessou v charide a dizerme estava dando os ultimos alentos da vida. eu
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[5] | a persuadi a huã total resignação na vontade de Ds e então foi v charide tomando mais
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[6] | alento, e foi confessandosse e pa o fazer bem me pedio com mtas lagrimas perdão do me
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[7] | ter largado tendo sido ma filha spiritual ao que eu respondi chorando tambem
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[8] | chegando a ma face a sua, e correndolhe a mão pella cabessa não se desconsollasse
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[9] | que eu lhe perdoava, e lhe pedia perdão do mto que a tinha mortificado; e outras
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[10] | palavras de consollar huã alma tam aflicta.
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[11] | Ora veja v charide se este chegar á
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[12] | façe sua, ou correr a mão pella cabessa, ou pegarlhe na mão em similhante con
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[13] | flicto, eu chorando, e v charide tambem, se se pode aplicar a doutrina asima referida
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[14] | Porêm como me pede não torne a obrar couza semilhante, ô farei com tal exacção
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[15] | que nem em confissão (pois só em cazo de não haver na terra outro sacerdote, e V
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[16] | charide morrendo a confessarei) nem fora della mais terei communicassão com v c
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[17] | Não me ponho a discorrer o que daqui se segue deicho isto a ponderação de quem a acon
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[18] | çelhou, que o fazem como lho pintão e ultimamte pesso a v c guarde este papel pa pare-
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[19] | çer em publico se for percizo que bem sabe com quanta verdade he feito o mais
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[20] | fica pa Ds que a gde a Vsra.
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