[1] | As esperanças que vm me da tão vivas estimo mto mas eu ando
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[2] | tão morto que nada me anima o efto so sera minha alegria
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[3] | a virgem do Rozairo nola de em breve p seo ssmo amor, e se acorde
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[4] | de meo anjo pois q nunca se pode mais alcançar couza algũa
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[5] | eu tenho mta confiança q fara como que he e como de tão santa alma
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[6] | se espera que donde mora Deus não ha bem q não esteja nem
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[7] | o mal q se atreva, e amparada do escudo divino contra o inferno
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[8] | contrastara ihu xpo seja servido q em breve nos vejamos com
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[9] | hũ dia de alivio e de nos tão dezejado.
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[10] | O que vm me pergunta em rezão das pastilhas não tenho noticia
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[11] | q me aja avizado tal aquelle galante: q so tem o sentido em
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[12] | molestias e q lhe mandem como se qua ouvesse algũ Potosi, na
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[13] | pra ocazião lho avizarei veremos o q responde: e se q lhe mandem
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[14] | o q ha lhe tenho dito mil vezes q não seja disparatado, q qua
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[15] | não ha senão malaventura nem de dela cos q qua souberamos fa-
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[16] | zer isto sem seo pareçer asim lho tornarei a intimar para que
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[17] | deixe de falar desperpositos e trate de grangear sua vida, que
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[18] | isto lhe tenho emcomendado, q temos mtos gastos e padecemos nossas
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[19] | nececidades como todos; veremos se bastão estes avizos pa q se aquiete.
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[20] | A carta dei a joão roiz elle lhe falara se quizer todos se
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[21] | vistem do tempo he fazda de alegria a nossa q folguão
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[22] | de se ficar com ella Deus querera q em breve vejamos o sol e que
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[23] | ponhamos em ordem mtas couzas q andão mui descarriadas
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[24] | do que ouver avizarei.
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[25] | A fernão nunes escrevi ja e dei por desculpado de não escrever a vm
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[26] | q se não cansasse, e q me remetia ao q lá ordenasse em rezão de fazer
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[27] | diligca com os poderes q estavamos certos q por diligca e asistençia
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[28] | não faltaria pedindolhe mostrasse a minha a quintal a quẽ
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[29] | fis hũ capitolo remetendolhe toda carta. ponhalhe Deus a vertude
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[30] | e se acorde de nos pa que nos vejamos livres de tanta tormta.
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[31] | As reliquias em vindo as guardarei q eu não tenho obriga
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[32] | cois a que acudir senão a vms q nimguẽ me da nada e quada
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[33] | hũ guarda o seo; e mais quero deixar a roins q pedir a bons
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[34] | q vejo mtas couzas mui diferentes do q imaginava, dezejo
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[35] | com todo estremo irmão da minha alma q Deus nos aquiete
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[36] | pa que possamos vivir os dous juntos, e tratarmos q nos avemos
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[37] | de morrer e viver pa este efto fora de trafagos nem cuidados
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[38] | que socedeo aqui hũ cazo estranho como direi abaixo e não sei
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[39] | como os homeis não se desenganão e tratão do q lhe importa, pois
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[40] | nos maiores descanços e felicidades vem a morte e desfas todos
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[41] | os pençamtos mundanos; e desventurado o q não se salva.
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