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Maarten Janssen, 2014-

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1622. Carta do Francisco Cardoso de Oliveira, clérigo, de Oliveira para André Reinoso.

Author(s)

Francisco Cardoso de Oliveira      

Addressee(s)

André Reinoso                        

Summary

O autor dá ao amigo notícias suas e dos seus negócios.
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[1]
As esperanças que vm me da tão vivas estimo mto mas eu ando
[2]
tão morto que nada me anima o efto so sera minha alegria
[3]
a virgem do Rozairo nola de em breve p seo ssmo amor, e se acorde
[4]
de meo anjo pois q nunca se pode mais alcançar couza algũa
[5]
eu tenho mta confiança q fara como que he e como de tão santa alma
[6]
se espera que donde mora Deus não ha bem q não esteja nem
[7]
o mal q se atreva, e amparada do escudo divino contra o inferno
[8]
contrastara ihu xpo seja servido q em breve nos vejamos com
[9]
dia de alivio e de nos tão dezejado.

[10]

O que vm me pergunta em rezão das pastilhas não tenho noticia

[11]
q me aja avizado tal aquelle galante: q so tem o sentido em
[12]
molestias e q lhe mandem como se qua ouvesse algũ Potosi, na
[13]
pra ocazião lho avizarei veremos o q responde: e se q lhe mandem
[14]
o q ha lhe tenho dito mil vezes q não seja disparatado, q qua
[15]
não ha senão malaventura nem de dela cos q qua souberamos fa-
[16]
zer isto sem seo pareçer asim lho tornarei a intimar para que
[17]
deixe de falar desperpositos e trate de grangear sua vida, que
[18]
isto lhe tenho emcomendado, q temos mtos gastos e padecemos nossas
[19]
nececidades como todos; veremos se bastão estes avizos pa q se aquiete.

[20]

A carta dei a joão roiz elle lhe falara se quizer todos se

[21]
vistem do tempo he fazda de alegria a nossa q folguão
[22]
de se ficar com ella Deus querera q em breve vejamos o sol e que
[23]
ponhamos em ordem mtas couzas q andão mui descarriadas
[24]
do que ouver avizarei.

[25]

A fernão nunes escrevi ja e dei por desculpado de não escrever a vm

[26]
q se não cansasse, e q me remetia ao q ordenasse em rezão de fazer
[27]
diligca com os poderes q estavamos certos q por diligca e asistençia
[28]
não faltaria pedindolhe mostrasse a minha a quintal a quẽ
[29]
fis capitolo remetendolhe toda carta. ponhalhe Deus a vertude
[30]
e se acorde de nos pa que nos vejamos livres de tanta tormta.

[31]

As reliquias em vindo as guardarei q eu não tenho obriga

[32]
cois a que acudir senão a vms q nimguẽ me da nada e quada
[33]
guarda o seo; e mais quero deixar a roins q pedir a bons
[34]
q vejo mtas couzas mui diferentes do q imaginava, dezejo
[35]
com todo estremo irmão da minha alma q Deus nos aquiete
[36]
pa que possamos vivir os dous juntos, e tratarmos q nos avemos
[37]
de morrer e viver pa este efto fora de trafagos nem cuidados
[38]
que socedeo aqui cazo estranho como direi abaixo e não sei
[39]
como os homeis não se desenganão e tratão do q lhe importa, pois
[40]
nos maiores descanços e felicidades vem a morte e desfas todos
[41]
os pençamtos mundanos; e desventurado o q não se salva.

[42]


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