O autor dá notícias suas e das dificuldades financeiras da sua família e dos seus negócios, notifica-o da partida de um primo seu, Duarte Mendes Ribeiro, para a Bahia, e da chegada de uma sua irmã, Juliana Maria, que estivera presa pela Inquisição. Justifica ainda um pagamento atrasado, agradece as mercês que ele e sua mulher têm feito à sua família e acrescenta que não será necessário fazer partilhas por morte da sua mãe, pois os bens que ela deixou não chegam sequer para pagar as suas dívidas.
| [1] |
|
|---|
| [2] |
em que cobrara de Po, ou Sancho que lhe deva pa
|
|---|
| [3] |
poder valerse deste dro, iso he ezcuzado, que pa
|
|---|
| [4] |
rese que he o mesmo fiar que perdello, e quando
|
|---|
| [5] |
Vmce se queixa deste mesmo mal, tendo outroz ca
|
|---|
| [6] |
bedais e outra emteligensia que eu não thenho, q
|
|---|
| [7] |
farei eu q não thenho, mais que o que he de Vmce
|
|---|
| [8] |
e de mim se fia, algumaz pessoaz, que me
|
|---|
| [9] |
fazem favor, sem mais cabedais que os alheios
|
|---|
| [10] |
a que he presizo dar satisfasão, mas não he po
|
|---|
| [11] |
ssivel seja nunca a tenpo, alfim, eu lhe
|
|---|
| [12] |
dei como pude 400 U e tantoz mil rs como
|
|---|
| [13] |
consta do seu Ro que mando, pa elle se apare
|
|---|
| [14] |
lhar e paguar algumaz dividaz que devia que
|
|---|
| [15] |
não paresia bem que indo elle pa a conpa de Vmce e pu
|
|---|
| [16] |
blicando, o mandava Vmce hir ficase devendo, na
|
|---|
| [17] |
da, do meu Pro que Ds premita levar a sa
|
|---|
| [18] |
lvamto dira a Vmce de palavra, mtas couzaz que
|
|---|
| [19] |
a mim me esqueserem, e reprezentara a Vmce
|
|---|
| [20] |
a mizeria, em que todoz noz achamoz, porque como
|
|---|
| [21] |
a mais da parenteira se acha tão pobre que não tem
|
|---|
| [22] |
hum pão que comão he forsozo que oz que tem
|
|---|
| [23] |
dem metade aos outroz por não pareserem
|
|---|
| [24] |
indoze pondo coaize todoz no mesmo estado
|
|---|
| [25] |
sendo os negosios tão poucoz, que nem a poder de
|
|---|
| [26] |
mto trabalho em a vida que hua, pessoa leva
|
|---|
| [27] |
se pode sustentar, e se agora com esta paz, que
|
|---|
| [28] |
Ds foi servido darnoz, as couzas não toma
|
|---|
| [29] |
rem outro caminho não sei que ha de ser
|
|---|
| [30] |
de todos noz com tantaz e tão grandez obrigua
|
|---|
| [31] |
soinz, a que deixado por não dar a Vmce tantoz
|
|---|
| [32] |
motivoz de sentimto paso, a outra materia
|
|---|
| [33] | |
|---|
