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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0318

[1628]. Carta de Duarte da Cunha, escrevente, para a sua mãe, Isabel da Cunha.

Autor(es)

Duarte da Cunha      

Destinatario(s)

Isabel da Cunha                        

Resumen

Em escrita encriptada na 'língua dos pês', o autor dá instruções à mãe sobre vários favores que ela deverá fazer por ele e pelos seus companheiros de cela. Explica-lhe também como enviar uma faca para a cadeia.
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Estou tal com este grilhão q volo não sei encareser mas as couzas daqui sao tais q não se pode falar nellas O descuberto, e por isso vos nao pesso se Busque Algem q fale a estes sres mas se de novo Ouver lugar pa q pessão Ao sr franco Barretto pessa Ao sor Inquizidor queira fezerme Despachar falando A estes sres me despachem e favoresao visto aver tanto e porq estou qual pa ver se com esta lembrança mo tirão o grilhão mas não lhe falem em q estou com elle porq dahi virão a coligir q escrevo daqui, chorarvos q estou acabado escuzo, porq Bem vejo q sou mofino, Mandaime dizer q dia e mes Apana pais fopoi prepezapa E aonde esteve se aqui, ou la Em baixo E se a Ama q daqui se foi teve Algum trabalho porq o Alcaide dixe q me Botava Opo gripilhapão popor dipizeper q nopos quepe queperipiamopos fupugipir, Porq nestas Comfuzois folgão estes tristes corpos de saber tudo, E asim Escrevei largo q não sei se durara mto este caminho Estou a olhos longos Esperando a Resposta q vos mandei pidir soubereis dos letrados q he o q importa por saber O Caminho q hei de seguir. Mandaime dizer se o Cabra desta Caza q la he morto se levava Alguns Escritos meus pq sospeito q elle tambem levantou Alguã lebre, mepeu copõpapanhepeiropo Bepem e pestapa Nopo Mapao termo da sra supuepa mopolheper Mas suposto e q tambẽ elle o padesse tenho Eu oBrigassão suposto q esta aqui de vos pidir fasais por elle porq lho devo quanto mais sem Encaresimto Eu lhe devo mil vidas se mil tivera pera por por elle E asim fiquou Comfuzo de vossa susinta Reposta tendolhe Eu dito q Conhesieis Anta e sua mai q vende Carvão q mora nos Baixos donde A tal gente vive Asi q por esta Ou por outra qualquer via não acho deficultozo o sabereis o Como estão e Como vivẽ E se esta ainda Aqui seu tio o popipinhepeiropo E ver se podeis Alcanssar p via de Anta se fazẽ por elle, ou Contra elle porq Bem sabe quando os Homẽs querẽ E são tão Brancos como vos q alcansão o que querẽ. elle vos pede q saibais na Rua das esteiras quan-do entrão da pichelaria em Huã Escada da Banda da Mão Esquerda antes q chegem Ao Bequo dos saralheiros q vai a Rua das Mudas perguntai no 2o sobrado p Joporgepe de pefaparipiapa Lopobopo, E dizeilhe q o marido de A pipinhepeirapa q esta Aqui napas epescopolapas lhe manda Preguntar Novas suas de saude E da sua Gente E aonde esta seu ffo Apantoponipiopo E do Apamipigopo da pasepe E se ha Alguã couza de novo, E lhe pede q da pamolher napão sapaibapa napadapa porq ella E a sua Mofina O meteo aqui q ate Agora não sabe de mais q dizeremlhe que fapalapavapa mupintopo E que se puder em letra mudada lhe avize tudo, quando não fazeio vos por elle. Eu estoulhe oBrigado a tudo Como tenho dito E isto Basta E pem topodopo o pocapazopo mapandapai fapazeper Hupũapa fapaquapa depestepenpeperapadapa nopo fopogopo Cupustepe o poque cupustapar, Epe apabripilapa Apa mopo depe seperrapa Epe mepetepela epentrepe hupuns papaopos de canella E pecopozepelopo epem hupu pano, E pedaparlhopo A paepestepe Hopemepẽ dipizependopo q sapão hupuns paos de canela que vos mando pidir, popoquepe quapando Epestipiveper fepeitopo negossio avizarei, Pera q faleis com Migel Carvalho pa vipir Hupa nopoitepe q eu avizar a esta Rupuapa, porq ha sopo


Leyenda:

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