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Santarem vinte e oito de Maio de mil oitocentos vinte
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[2] | e dois. Recebo a tua e vejo que podes prontefi
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[3] | car ao Prior o que pertende aqui muito estimo, fico
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[4] | siente de que escreveste a João a fim de que mande as
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[5] | Vacas, e pelo que pertence aos Bois de Cabestro digo
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[6] | de cabresto já vierão e por isso torno a repetir que
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[7] | não são caros mas sim carissimos, porque não
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[8] | ha Homem algum que de o dinheiro por elles
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[9] | e murrendo poderão Vender treze ou quatorze
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[10] | moedas e vista disto são baratos, isto me custa porque
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[11] | dezejava voces percebecem nas coizas de
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[12] | que me encaregão as maiores vantagens;e
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[13] | he este o motivo, e não porque entre na minha
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[14] | imaginação que voces procurão estes ou outros
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[15] | meios de se acinhorarem digo de se asenhorarem
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[16] | daquilo de que eu estou de posse por se percuadi
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[17] | rem que eu lhe chamo meo, não hé isso por
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[18] | que estou bem serto que estão Senhores de que
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[19] | eu já digo de que so era hum simpeles Adme
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[20] | nistrador deste ramo o que com bem eficacia te
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[21] | fis ver esta fazendo hum anno no Passeio
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[22] | publico, e como inda hoje estou dos mesmos
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[23] | sentimentos he por isso que me não desdigo
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[24] | nem nunca me disdirei,e por isso te digo que
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[25] | aqui so figuro de hum Seo Admenistrador,isto
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[26] | emquanto voces quizerem porque em Se per
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[27] | cuadindo do contrario, a que eu lhe destrou al
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[28] | guma coiza venha hum o outro tomar conta
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[29] | da Caza que eu Saio pronto sem que me fi
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[30] | quem os Olhos em coiza alguma por lhe ter
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[31] | amor proprio de meo porque nada quero
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