O autor escreve a um conhecido seu, a quem mandou dinheiro furtado, dando-lhe instruções sobre o que fazer com esse dinheiro.
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Snr Mel da Costa
Meu par Ao e pr do meu maior respeito dezo a ssua sa
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[2] | ude e felicidades e toda a ssua fa Snr Eu lhe reme-
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[3] | to huma Carta em q dezia se comprasse o Soito, com
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[4] | pre tudo em meu nome, nao tenha Susto de cou-
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[5] | za alguma prq eu tambem o nao tenho; logo q
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[6] | as Escripturas estejao prontas as mandará logo a
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[7] | minha May, e mande-me dizer a qm hei de man-
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[8] | dar os duzentos e cincoenta e tantos mil rE e as di-
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[9] | tas fazendas ja lá esta o dinheiro, e ainda não
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[10] | sei se estão compradas ou não ou estejão ou-
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[11] | não mandame logo dizer, pois se estiverem as-
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[12] | Escripturas pr fazer, ponha nas Escripturas q o di-
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[13] | nheiro está em seu poder des 1822 assim he q he
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[14] | e eu o quero q asim se faça, pois ahi tem cori-
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[15] | do q eu estava prezo. Hé grande mintira, eu
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[16] | não vou já pa cima prq tenho aqui a cobrar
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[17] | algum vintem q me devem, e quero aperfeiçoarme
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[18] | no Collegio a Escrever. Snr Hé verdade q eu
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[19] | sahi de Caza do Patrao aonde eu estava e elle me
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[20] | tem dito q torne pa sua Caza, e eu hé q não
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[21] | quero, pois eu tenho ido algumas vezes a caza de
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[22] | lle, e não me fala em prizão como pr lá se dis; sem
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[23] | pre he precizo aver mtos dezanvorgados nessas terras,
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[24] | escrevame pa a çalçada do Lavra No 11 1o an-
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[25] | dar, defronte do largo da Anunciada a vista disto
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[26] | não tenho mais q lhe dizer.
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Sou seu Ao e Vor e Cro
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Joze Antonio Ferra da Cruz Pillo
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Lxa
3 de Janro
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[30] | 1826
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