PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Facsimile Lines

1823. Carta de uma mulher não identificada, que assinava T.G.T.M., para Diogo Fausto Reixa da Costa, tabelião.

SummaryA autora escreve em nome de um terceiro, José Xavier, transmitindo ao destinatário as últimas notícias sobre a situação política em Lisboa.
Author(s) Anónima69
Addressee(s) Diogo Fausto Reixa da Costa            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Portalegre
Context

Os réus, Diogo Fausto Reixa da Costa, Francisco Xavier de Sousa, Manuel Joaquim Madeira e José Maria Grande foram acusados de, direta ou indirectamente, difamarem e maldizerem o reino e de fazerem reuniões em «loges» enquanto pedreiros livres, factos que negaram. Há diversos testemunhos que atestam a sua boa conduta, principalmente em relação ao médico Manuel Joaquim Madeira. Este e José Maria Grande procederam a um requerimento contra o corregedor de Portalegre e culparam-no da acusação contra eles, acusando-o de difamação. Do processo também consta um «Metodo de preparar Polvora fulminante com o Mercurio» e depois um «2.º Metodo, pella prata». Nesta carta, a autora escreve a Diogo Fausto Reixa da Costa, réu, em resposta a uma outra que o destinatário tinha mandado a José Xavier.

Support meia folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com o sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra D, Maço 1, Número 17, Caixa 3, Caderno [2], Apenso [1]
Folios [12]r-v, [13]v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcription José Pedro Ferreira
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization José Pedro Ferreira
Standardization Clara Pinto
Transcription date2007

Page [12]r > [12]v

[1]
Illmo

Joze Xavier me pede q lhe escreva e lhe diga

[2]
q tudo aqui esta soçigado, mas, meu Amo, para
[3]
isto chegar o estado em q está, q sustos, q lagri
[4]
mas e q disgostos nós tivemos! o Infante fogio,
[5]
como sabe, e apos delle foi hindo toda a tropa.
[6]
outro tanto fes o Rei e nós ficamos sem tropa
[7]
sem, Rei, e sem Governo: estiverão os prezos do
[8]
Castello proximos a sahir e os do Limueiro e os da
[9]
Cova da Moira com Armas pa nos asaçinar
[10]
e robar. porem, o Comerçio e os goardas Naçionais
[11]
he q defenderão Lisboa ate q chegou a tro
[12]
pa q, chegando aos postos q tenhão dezam
[13]
parado, deitarão fora o Comerçio e os Soldados
[14]
Naçionais com mto desprezo. emfim, meu Amo,
[15]
ja não estamos em tempo de dar novidades
[16]
sem q corra risço e por iso não digo qto sei e mes
[17]
mo porq ahinda não tenho cabeça apesar
[18]
de ter ja dormido duas noites huma hora ca
[19]
da noite, coiza q a mto me não soçede. não sei
[20]
como não tenho morrido. tenho chorado tanto

Text viewWordcloudFacsimile viewPageflow viewSentence view