O autor conta como foi chamado durante a madrugada para o que pensava ser um desafio, tendo assim desobedecidoa um "preceito" da destinatária.
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De saco me pudera eu agora vestir
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[2] | pelo sentimto com q fico da molestia
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[3] | q cauzey a VM em dia de tanta festa
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[4] | Confesso, a culpa e peço o perdão, q
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[5] | não posso fazer mais que mostrarme
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[6] | rendido, e reo. ser foi o cazo; q de
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[7] | repente pla madrugada de domingo,
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[8] | me mandou o meu Contor hũ Cavallo
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[9] | e q logo logo me puzesse nelle, e desse
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[10] | comigo em Bemfica, onde me espera
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[11] | va: e não sendo isto dezafio; cuydey
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[12] | q o era, e nestes termos era covardia
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[13] | regeitallo. Veja VM se he isto o
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[14] | contro do q VM prezume de q fuy
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[15] | á Gloria, q sendo esta pa mim a de
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[16] | assitirlhe a VM como havia eu
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[17] | deixar de receber a honra e mce
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[18] | q VM me faria. E cõ este recado
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[19] | q me mandarão, totalmte me varreu
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[20] | o preceito de VM ao qual prometo
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[21] | não faltar mais. O ser VM
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[22] | Freyra não se pode prezumir, sendo
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[23] | q pa o ser só em VM se achava
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[24] | sedo o dezengano, e recolhi-
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[25] | mto E por isso lhe sou tan devoto. Do Graciano, entendo pelo q VM me
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[26] | diz q tem pouca graça, denominando se todo da graça, mas podia sobrar-
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[27] | lhe a divina e faltoulhe a humana. Desculpuo, pelo q me pode su-
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[28] | ceder qdo seja tambẽ Pregador como elle, offo de q Ds me livre com
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[29] | bem, e a VM dé mta saude como lhe dezejo. Vay a petição e com
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[30] | ella o meu coração. Caza 14 de Agto de 677
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Ao e C q mto lhe dezeja
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Luis Nunes Tinoco
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