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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

[1829]. Carta de uma autora não identificada para José Moro, espanhol, preso.

Autor(es)

Anónima11      

Destinatário(s)

José Moro                        

Resumo

Carta de amor com queixumes a um destinatário que estava na prisão.

Texto: -


[1]
Cara Prenda.
[2]
Eu defalecida, pego na penna para lhe enviar a cauza da minha molestia, e dos meus Sentimentos, pois pençava que não tornaria mais a ver, o vosso Rosto encantador; pois não paço hora nem estante, que se me não reprezente, no teatro dos meus sentidos,
[3]
mas não tenho Correspondido hás Suas mimozas Letras, por cauza da minha Molestia.
[4]
Seos, tanto vos tenho pedido a morte, por me ver numa Solidão de huma Cama, Sem poder falar a hum Bem, q tanto o trago retratado nas minhas edeias, sem nas poder aLeviar.
[5]
Mas as Alevio, quando veijo, os vosso mimozos Cabelos q vós me destes, para desfazer á vista deles, as minhas Lembranças, e aliviar os meus Olhos, que têem sido duas fontes, q têem Corrido pelo meu rosto, pois por minha vontade todos os dias vos Iria ver,
[6]
aSeitara Este Coração magoado, de huma firme Amante que a vista terão descanço os meos Olhos.
[7]
Quando o meu Coração palpita Ele em Segredo me diz, Que contigo tarde ou Sedo Hei de vir a ser felis.
[8]
Quando vires o meu Cabelo Lança os Olhos para o chão, Lembrate deste meu triste terno Coração
[9]
Vai tu Carta ser entregue As Lindas mãos de meu bem, Para que poça saber O qto eu lhe quero bem

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