Sentence view 1719. Carta de Cristóvão Vieira, caminheiro, para João Rodrigues Coutinho, padre.
Summary O autor pede que o destinatário dê ordem de soltura e defende-se das acusações de que foi alvo.
Author(s)
Cristóvão Vieira
Addressee(s)
João Rodrigues Coutinho
From
Portugal, Viseu
To
Portugal, Viseu
Context O sombreireiro e caminheiro Cristóvão Vieira foi alvo da justiça inquisitorial pelo facto de se fazer passar por oficial do Santo Ofício. Entre as cartas apensas ao processo, contam-se duas que documentam as suas práticas, com diversas solicitações de serviços. Uma outra foi remetida quando já se encontrava preso em Viseu, antes de dar entrada nos cárceres da inquisição de Coimbra, a 27 de novembro de 1719. Esta correspondência foi apresentada voluntariamente pelo réu.
Support
uma folha de papel escrita no rosto.
Archival Institution
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Tribunal do Santo Ofício
Collection
Inquisição de Coimbra
Archival Reference
Processo 1461
Folios
16r
Main Revision
Fernanda Pratas
Standardization
Fernanda Pratas
Transcription date 2016
Text: Transcription Edition Variant form Standardization - Colors
[1]
Meu Snor Redo pe joão Rodrigues coutinho
[2]
vm me perdoi a minha com
fiansa de eu escrever a vm
mas como prezo q estou a or
de de vm me obrigua o me
u atrivimento a escrever
a vm
[4]
savera vm q eu sou aque
lle moso q prendeu o juis
de fora desta sidade de vizeu
com a baroniqua q se dis
q hera de familiar
[5]
eu a
cheia e a trazia o modo de ba
roniqua e não uzava de
la de couza ninhuma
[6]
por
tantas terras q eu tenho an
do em ninhuma se ha de fa
lar couza alguma
[7]
som
entes aqui nesta sidade
sam mto treidores porq eu
emcoanto tinha ha par
de tostois não faltavam
amigos
[8]
despois q eu as
não teve atreisoar o me
o casareiro hera o pior , q ta
nto comeu comigo
[10]
savera
vm q eu a min me veio
de lisboa humas ordes pa
eu fazer em almeuda
como vm vera a carta
[11]
e as não poso fazer porq estou prezo
[12]
mandei esa pitisam
ao juis de fora pa ma despachar
[13]
mandoa por Reposta q
ja não gobernava em min
[14]
eu bim a esta sidade com huma
orde dos comfiscados
[15]
Meu senhor peso a vm onRa e lou
vor das sinco chagas de noso senhor jajus cristo me nan
de soltar q estou padesendo sem ter q gastar e o casa
reiro ser meu treidor q ja eu não tenho que lhe dar
por iso me quer mal ahora
[16]
lhe peso onrra e louvor de to
dos os santos e pelas almas e quem vm he mais obriga
do
[17]
com isto não emfado mais a vm como prezo
[18]
vizeu
oje coatro de nobro de mil e setesentos e dezanove annos
[19]
Criado de vm
prezo Christovão vira caminheiro
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