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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1724. Carta de Frei António da Piedade para um destinatário não identificado, membro da Inquisição de Coimbra.

Autor(es)

António da Piedade      

Destinatário(s)

Anónimo514                        

Resumo

O autor pede ao destinatário que o esclareça sobre se deve aconselhar ou não uma freira a denunciar outra à Inquisição.
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Meu Amigo e meu sr

grde novide lhe fara a VM huã Car-ta minha porq conhecendo a minha obrigação justamte estranhara o ter faltado a ella, mas attendendo as ocupações de VM entendi era milhor q formase o conceito do meu descuido, q da minha parte, sempre deso a VM huã perfeita saude,e agora mais : porq as honrras q devi a VM na Universide se augmentarão em Vizeu nas q recebi de seu Pai e do sr Maltis seu Irmão peco a VM q qdo lhe escrever me ponha a seus pes: quem me disera em algum tempo q o sr Bento Pais me havia de tirar os meus escrupolos, e pa salvar a minha conçiençia he o caso: Vindo ao Convto do Tojal me comunicou hua religa (não em confisão, porem em segredo) q huã Freira do mesmo Convto q fora pe-nitenciada pelo s offo estando outra moribunda fisera o papelinho q remeto incluso, e como a doente morrera, puzera o sobreescrito q VM tãbem verá; entrei em duvida se estava obrigada a denunciar fundado no Edital q manda se denunciem os q sentirem mal do recto proçeder e como esta freira teime na sua innocençia pedi a religa q me comunicou a duvida licença e o seu nome pa denunciar no caso q fose neso tudo me deu e se chama soror Margarida Roza de s Ma não pedi o nome da penitenciada porq be sabido he meza e suponho q sua letra tãobem he conhecida; este o caso, se VM entende obrigação de dnunciar por esta carta o faço em nome da religa ou a farei outra forma como VM me ordenar, e pode remeterme a reposta



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