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Maarten Janssen, 2014-

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1634. Carta de Domingos Monteiro (o Chapado), artilheiro, para o seu pai, Domingos Francisco (o Chapado), barbeiro de espadas.

Author(s)

Domingos Monteiro      

Addressee(s)

Domingos Francisco                        

Summary

O autor relata o que tem passado, quem o tem apoiado na solidão em que vive e o que vai sabendo de certas pessoas suas conhecidas. Transmite igualmente algumas informações sobre a circulação de embarcações, alguns detalhes sobre o comércio de certos bens naquelas partes e muitas lembranças a familiares e amigos.
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Louvado seja o santissimo sacramento, pa todo sempre

Primita nosso snor que esta ache a Vm com aquela saude e vida que eu lhe desejo por largos annos e noutro estado deferente do que o deixei asim pobre como viuvo mas nosso sor acudira como pode, Novas minhas são, estar deos seja louvado em goa e cheguei a goa a pascoa pasada de seissentos e trinta e quatro annos vindo de diu, com lisenca do capitão da fortaleza pa me vir curar a goa por ser mto doente aonde estive em diuu sangrado vinte tres vezes com ventozas sarjadas sacramentado e ungido quis nosso sor darme saude seja pa o servir estando em goa tornei adoeser aonde fui ao espital e me sangrarão quinze vezes e purgado e outras medisinas que se fazem aos doentes dando gracas a deos contudo em terras alhas e tendo passado mtos trabalhos e desgostos e verme so sem ter quem me valese nẽ acudise senão so deos e mais o padre João galvão filho do sor simão galvão amiguo de Vm a quem Vm e mais eu devemos mto emcomendar a deos asim a vida do padre João galvão como a do sor seu pai que ainda o ha de ver diante dos seus olhos porque he padre mto honrrado e pode mto em goa mas abasta ser filho de quem he porque afirmo a Vm sor pai que se o padre não fora não sei que ouvera ser de mim porque tanto que cheguei a goa loguo me buscou lugar de bombardeiro, na nao nossa snora de belem que qua fiquou que ds leve a salvamento ao Reino metendose tãobem nisto o sor inquizidor mor de goa aonde por esta via mo deu, o sor veador da fazenda Joze pinto pra que veio por capitão mor na naveta aonde vim e se levar alguã couza a responder o padre João galvão he que ma busqua e fiqua por mim e he o que me avia pa me vir pa portugal Na Nao Nossa Snora de belem aonde vou que ds leve a salvamento ao Reino, e Veja Vm com que se pagua tudo isto que ainda que fora meu parente ou primo se podia mais fazer que isto que me tem feito mas bem comprio o padre sua palavrava como tinha dito a Vm que se deos o trouxese a salvamto Vm viria o que elle fazia comiguo



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