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Maarten Janssen, 2014-

CARDS6152

1822. Carta em rascunho de Joaquim António Saraiva Abrantes, cirurgião, para Joaquim José da Luz..

Author(s) Joaquim António Saraiva Abrantes      
Addressee(s) Joaquim José da Luz      
In English

Draft of an accusation letter from Joaquim António Saraiva, a surgeon, to Joaquim José da Luz, meant to be copied in the hand of the addressee's daughter, Maria das Mercês de Lima.

The author accuses the addressee of having abused his daughter in the past.

Maria das Mercês de Lima, the daughter of Joaquim José da Luz, married Joaquim António Saraiva, a surgeon, against her father's will. The father denied her the dowry and the new husband started, allegedly, to abuse her. He also would be accused of having a mistress inside the same house. He forced Maria das Mercês to write to her father making veiled allusions to the fact that once the addressee committed incest with her, the daughter. Since she kept the drafts of the letters, the father managed to have his son in law arrested.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

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Para ser emTregue a meu Paii Snr Joaqm Jozé da Luz V S G

Como me não foi possivel o poder emcubrir o estado em q me- achava pela falta da minha honrra, vi-me na obrigação no dia em q ca-zei de dizer a meu Marido a cauza q me- tinha reduzido a tal estado, e fielmente lhe confecei tudo o q me tinha acontecido com Vmce assim, como não posso bo-calmente dizer-lhe o q tinha passado com Mari meu Marido lhe faço este avizo para sua inteBligencia e saber o modo Como se deve comportar com elle isto não tem servido de obstacullo para elle deixar de me estimar antes pelo contrario me desculpa e Cromina a Vmce e so sim me tem recommendado q daqui an diante me saiba conduzir e q a mta amizade q me tinha he q fazia com que elle elle me não mandace outra vez para sua caza e so me culpava eu eu o lhe não ter dito antes de cazar mas q ja Agora q queria engolir a pirula para mostrar aos seos innimigos q não e a Vmce q não hera aquelle homem a qm tanto se tinha arguido a vista disto faça Vmce o q bem lhe parecer e rogolhe q me não cromine por eu fazer esta fiel comfição pois assim o devera fazer para evitar o q me poderia acontecer se não emcontrace hum homem que tanta amizade me tem


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