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Maarten Janssen, 2014-

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1540. Carta Fernão Mendes, procurador, para um destinatário anónimo, membro da Inquisição.

SummaryO autor pede ao destinatário que transmita a um inquisdor que há um réu que se quer acusar.
Author(s) Fernão Mendes
Addressee(s) Anónimo            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Lisboa
Context

A maioria das cartas integradas neste processo foi composta pelo licenciado Fernão Mendes, procurador de Simão Franco, acusado pela Inquisição, e dirigida ao inquisidor responsável pelo caso, João de Melo. Nelas, o procurador tenta interceder em benefício do réu. No final do fólio 5r do processo, está a assinatura e letra de Fernão Mendes, que pode ser comparada com a das cartas escritas e que ajuda a compravar ser ele o autor das missivas.

Simão Franco negou inicialmente as suas culpas de judaísmo, declarando que as testemunhas que o acusavam eram seus inimigos capitais, mas acabou por se declarar culpado.

No final do processo, encontra-se outra carta (PSCR0110), aparentemente desconexa do processo. Vai dirigida ao capelão do cardeal infante Dom Henrique, que foi quem ratificou a sentença final, e contém uma referência a um "Pinheiro", que poderá ser Roque Pinheiro, uma das principais testemunhas contra Simão Franco.

Support uma folha de papel, escrita em ambas as faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 13223
Folios 42r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2313437
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcription Tiago Machado de Castro
Main Revision Catarina Carvalheiro
Contextualization Tiago Machado de Castro
Standardization Catarina Carvalheiro
Transcription date2016

Page 42r

[1]
[2]
Sor

Simão frãco pso na cadea da sancta in

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quisição me mãdou ora diz q lhe notifica
[4]
rão hũa sẽtẽça p q o ẽtregavão aa curia
[5]
secular apellãdo elle pa o serenissimo sor
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Iffe petie apostollos reverẽtialles sepe
[7]
deferatur apellatio
[8]
in forma solita. Jũte Vm esto
[9]
ao e mãdeo ao sor douctor jo de
[10]
mello q pnũsie sua mçe sobre esta ape
[11]
llação poq este homẽ tẽ quẽ po elle faça
[12]
cousa algũa pa ir requerer auda/ ou qm
[13]
mãde dar sua mçe a vta pa se acõselhar o q
[14]
ha de fazer poq me dise ora seu reque
[15]
rẽte q quer pedir mesiricordia e pdão de
[16]
seu pecado e tẽdoo fco cõsultalloei elle fa
[17]
ra o q quiser destas duas cousas.

[18]

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