A autora pede ao marido, emigrado no Brasil, que volte para Viana e a ajude a criar a filha.
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Vianna 16 de 8bro De 1785 a
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[2] | Meu Mano Luis Antonio
Estimarei que estas duas Regras te achẽ Logrando
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[3] | hũa perfeita saude q a ma e da noça fa he Boa seja Ds Ldo
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[4] | Luis, eu te mando pedir que olhes, pa hũa fa que qua deixates,
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[5] | pois bem Saves que tem treze annos; e bem Saves; que
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[6] | he tempo de tomares: Conta della Meu Pai, e ma mai. Já
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[7] | morreo, e eu tambem estive para morrer de huma mallina
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[8] | e que havia de çer daquella menina que ficava dezimparada=
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[9] | Luis tu, esçreveme pois; bem saves que Sou tua molher, to
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[10] | da a gente quá, que te conheçia esta ademirada de me tu a tre
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[11] | ze, annos; não me teres escrevido hũa Carta pois; não tens: Cauza
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[12] | para hiço agora te peço pello amor de Deus me Respondas a
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[13] | esta Se não queres fazer Cazo de mim fas siquer Cazo da tua
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[14] | filha mas se tu te comfeçaçes ; bem não havias de andar, a treze
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[15] | annos fora da tua mer qua me tem dito q mande huma es
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[16] | Cominhom o parrico deça terra, e se me pareçer asim o hei de fazer
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[17] | pois Ja que não tenho Pai nem Mai quero q tu venhas: para
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[18] | a ma Compa; e Com isto Não te emfado mais desta tua mana q
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[19] | mto te qr e deza a va
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Roza Maria
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