O autor ameaça o destinatário caso este não lhe envie dinheiro para sair da prisão.
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[2] | Jhus maria nos acuda
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[3] | Sevilha 28 d aguosto 630
Vm tera por couza nova o escreverlhe pois eu
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[4] | tenho por tão velhas desditas q ja lhe não espero cedo
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[5] | esas me fazem ser tão descomedido e o ver que pouqui
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[6] | dades a Vm não lhe fazen nada e a min me poden dar or
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[7] | den de vida e tirar dos trabalhos en que estou q he
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[8] | estar en sevilha prezo avera trinta dias por hũ
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[9] | crime do qual não pozo sair sen contentar as par
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[10] | tes pa o q meus parentes estão tão mal comiguo q
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[11] | me não hão de acudir a nada pelo que Vm me mão
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[12] | de ate vinte mil Rs q pa esta nesesidade e advir
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[13] | ta Vm q sera bon acudirme a esta nesesidade por
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[14] | q acodindome me fara esmola e fazendo
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[15] | o contrário me obriguara a que de min se es
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[16] | pante o mundo porque hũ desesperado fas
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[17] | couzas como tal não ponha Vm en escesemto isto
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[18] | porque se me alenbrar mto sedo sen que queira e quão
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[19] | do me mãodar isto venha por orden de franco de pai
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[20] | va pa que qua trate seu fo e não lhe paresa
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[21] | q perde isto q alen do que atalha con isto da
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[22] | aedomo ds eu saberei paguar e por estar serto
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[23] | me fara Vm m o não encareso mais gde ds
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[24] | a Vm mtos annos
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Frnco Hanriques fo do Sro Jorge
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[26] | mendes
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