O autor envia instruções à mulher sobre como gerir as suas propriedades e pede-lhe notícias dos filhos. Não só elabora uma enumeração ordenada de dinheiros que lhe devem, como também as propriedades a serem exploradas por outros. Também refere no final que a carta estaria a ser escrita com um pau e que a carta do filho tinha chegado selada com lacre, provavelmente querendo confirmar com o filho os sinais da carta ou revelando que o cárcere não tinha aberto a correspondência que chegara.
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noso sor vos alegre como me alegrastes cõ as vosas E noso sõr vos aseite
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[3] | as pasadas q por mĩ dais E derdes estimo mto terdes saude e os meninos
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[4] | noso sor volla de pa seu emparo E meu não me mãodais diser se
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[5] | falastes na manoel da caunha ou o que vos Respõdeo de tudo me
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[6] | avizai miudamte E apertai co o velho q nelle esta mto se elle
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[7] | quizer falar E Rogai mto ao sor amigo se não Emfade q Eu te
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[8] | rei conhecimto tirandome des deste cativeiro mãodaime dizer
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[9] | se vos deu o negro os 6000 mil rs da mẽsão do clerigo E se tẽdes
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[10] | novas delle E como vier se vos derão os seis mil rs q lhe va dar
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[11] | quitasão q bẽ sabe adonde elle mora folgarei saber se vos
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[12] | vierão os 10 alqueires de trigo de loures E adrião dias se
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[13] | sastifes E se alguem vos acode cõ algũa couza; a vinha como
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[14] | for tempo andre botelho dara órdẽ pa ser vindimada E não esque
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[15] | sao do vieira q são mil E oitosẽtos rs folgarei saber antonio
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[16] | se vai tomar lisam ou como passa o seu tempo q aprẽda e ir
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[17] | nosemos todos pa ovidos avizaime coando vier o pdre mas Elle não
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[18] | saiva nada he nasario saber do marcal nunes das bullas
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