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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | A autora conta ao irmão como ela e os familiares passam em Lisboa e mostra-se aborrecida com a cunhada. |
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Autor(es) | Brites de Sequeira |
Destinatário(s) | Fernão Vaz de Sequeira |
De | Portugal, Lisboa |
Para | Portugal, Évora, Portalegre |
Contexto | Este processo diz respeito à ré Isabel de Leão, cristã-nova, natural de Estremoz e moradora em Portalegre (Évora), esposa de Fernão Vaz de Sequeira, contratador, presa por culpas de judaísmo e de relapsia, em 1671. Filha de Manuel de Leão e de Mécia de Leão e irmã de Maria de Leão e de Violante Rodrigues, tinha uma filha, Violante, com 2 anos e meio. A ré estava em casa de António Fernandes da Costa quando foi presa; declarou saber ler e escrever (fl. 82r); conseguiu livrar-se de castigos por dizer que estava com achaques num braço. No entanto, foi condenada a abjuração em forma e a cárcere e hábito penitencial perpétuos, instrução, penitências espirituais e excomunhão, tendo depois sido reconciliada. Manuel Gomes de Sequeira, autor da carta PSCR0278, era seu cunhado, irmão de Fernão Vaz de Sequeira, e sobre ele declarou a ré que lhe tinha roubado de casa umas armas de el-Rei que o marido mandava fazer para enviar para Lisboa, e que escreveu ao marido a contar o sucedido, pelo que este mandou que o irmão fosse para Lisboa. Por esta razão, o cunhado ficara-lhe com ódio e enviara a referida carta, ameaçando-a e desonrando-a com insultos. Manuel Gomes de Sequeira foi preso por culpas de judaísmo. A ré disse ainda que as suas cunhadas, Brites de Sequeira e Francisca Gomes, solteiras, estiveram um tempo em sua casa, em Portalegre, e que lá se afeiçoaram a dois dos principais homens da cidade, Bartolomeu Barreto e Pedro Pinto, com os quais se falavam e escreviam. Sabendo disto, o marido da ré mandou que o pai as fosse buscar e as levasse para Lisboa, pelo que ambas culparam à ré, escrevendo umas cartas queixando-se dela. As cartas foram remetidas ao juiz de fora e estavam relacionadas com o artigo 15.º das contraditas (descrito em fl. 293r): "Duas cartas de sua cunhada Brites de Sequeira que escrevia a seu marido e a sua filha Violante de Sequeira que estão em poder de António Fernandes da Costa". |
Suporte | meia folha de papel dobrada escrita apenas no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Évora |
Cota arquivística | Processo 1218 |
Fólios | [345a]r |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2363216 |
Socio-Historical Keywords | Maria Teresa Oliveira |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Raïssa Gillier |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2015 |
1666. Carta de Brites de Sequeira para o seu irmão, Fernão Vaz de Sequeira, mercador.
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