PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Dados biográficos

Maria da Cruz, alias Maria de Jesus

Masculino ou Femininof
LínguaPT
Estatuto Social (sentido estrito)pai lavrador
Estatuto Social (sentido amplo)ordinary
Local de nascimentoPortugal, Pinhel, Borregão, Lameiras
EventosMaria da Cruz - que mais tarde mudou o seu nome para Maria de Jesus - foi presa uma primeira vez em 1667, quando tinha cerca de vinte e seis anos, e era moradora na Guarda, acusada de fingir visões e revelações; foi condenada a açoites e degredo para o Brasil por três anos (auto de fé de 11 de Março de 1668); permaneceu quatro anos no Recife - o primeiro ano em casa de uma viúva e os seguintes em casa de Maria Álvares de Ressurreição - e um ano e meio na Baía; no Brasil, a notícia da santidade da "beata" Maria de Jesus difundiu-se rapidamente; contudo, o facto de não ter morrido no dia de Santiago, facto que, segundo ela, Deus lhe revelara que iria acontecer, abalou profundamente a sua credibilidade e muitos tomaram-na por impostora; regressada ao Reino, residiu durante um curto espaço em casa de uma Maria Clara e em seguida, passou a viver nos "baixos" da casa de Manuel Teixeira de Carvalho, secretário da Mesa de Consciência e familiar do santo ofício; frei Pantaleão de Carvalho, seu confessor em São Roque, rendeu-se aos seus dons e encarregou Mariana do Espírito Santo de escrever a sua vida; após a morte de Frei Pantaleão de Carvalho, em 1685, Frei Mazeu de São Francisco, também ele crente na santidade de "Maria de Jesus" encarregou-se do assunto; ao mesmo tempo que os "sucessos" de Maria de Jesus se difundiam por Lisboa, havia vozes que se levantavam contra ela; desde 1683 que o santo ofício recebeu algumas denúncias sobre Maria da Cruz, alias Maria de Jesus, e, em 1697, a "beata" é novamente presa, acusada de reincidir nos crimes a que tinha sido condenada em 1668; não chegou a ser sentenciada porque morreu no cárcere, em 1699, com cerca de cinquenta e oito anos; frei Mazeu de São Francisco, acusado pela inquisição, em 1700, de venerar a sua filha espiritual Maria da Cruz, reuniu e entregou na inquisição um conjunto de cartas e de escritos sobre a "beata" Maria de Jesus; em 1701, o santo ofício emitiu comunicados alertando para o perigo do conteúdo nos papéis sobre as visões e revelações de Maria de Jesus que se divulgavam por Lisboa e pelo Reino e ordenou a todos os eclesiásticos e seculares que estivessem na posse dos referidos papéis que os entregassem no santo ofício

voltar à lista