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Maarten Janssen, 2014-

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1829. Carta de João Baptista de Sousa, cirurgião, para António José Martins Salgado, lavrador.

SummaryO autor expressa indignação por António Salgado ir muitas vezes a sua casa com um soldado.
Author(s) João Baptista de Sousa
Addressee(s) António José Martins Salgado            
From Portugal, Lisboa, Açougue Velho
To Portugal, Lisboa
Context

A Intendência Geral da Polícia enviou um aviso à Guarda Real, onde se declarava que António José Martins Salgado tinha em seu poder três livros in folio furtados (dois encadernados e um em papel pintado, contendo várias pinturas, todos escritos em língua italiana) da Biblioteca do Real Mosteiro de S. Vicente: «Recopilação de Diversos Monumentos Antigos», «Primeira Centúria das Estampas Iluminadas e Não Iluminadas por Buchoz», «Primeiro Tomo das Antiguidades de Herculano». Feita a busca na possível morada do suspeito, não se encontraram livros nenhuns, mas antes quatro cartas que continham matéria considerada "suspeitosa". No processo, percebe-se que António José Martins Salgado e João Baptista de Sousa estiveram envolvidos no furto dos livros e em celebrações de magia sobre eles, envolvendo um padre. Percebe-se também alguma confusão entre as obras furtadas e o Livro de S. Cipriano. No processo há uma série de testemunhos relacionados com crenças mágicas.

Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 192, Número 23, Caixa 512, Caderno [2]
Folios [12]r-[13]r
Transcription Leonor Tavares
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Leonor Tavares
Standardization Catarina Carvalheiro
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

Page [12]r > [12]v

Sr Anto Jozé Salgado

Mto me ademira o vmce procurarme tantas vezes em minha Caza, e vir, acompanhado com hum soldado, da Policia eu dezejara saber para que ffim: eu não tenho hido porq não tenho podido e porq não quero vmce não pode obrigarme a minha vontade basta ser para couza contra a nossa Religião, e juntamente vmce como disse que aoeravera saber que vmce he vermos hesse modo de falar porq eu não fortei nada e nem fui em trepece do q vmce fes, emtendame como quezer, e o mais faça o que quezer que eu farei o que me parecer, eu não procurei o Sr e o Sr he que me



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