O autor protesta junto do destinatário por ele o ter processado em função de uma dívida que não existe.
Sor Lancaro temro
Fasme Ds M per sua Miza q em nenhũ estado me muda
a natureza de falar verdade E dar o seu a seu dono bem sei.
E conhesso q lhe dem seu E graca sua pa q en tãotas calamidades
e mizerias quãotas p meus pecados padesso; não uzar da fraqueza
Umana he poder E auxilio da mão devina. E mais avendo da parte
de VM a não devida correspondencia pois sen Rezão dava queixas
de mi, tendo eu tãota de VM E seu cunhado, pois tendo em si o q me
demãodavão querião q lhe maodase o q se me esteve en ser ate os tempos
q Paresse E Inda oje tenho q cobrar a pte da letra dos 6 escravos q forão
a pernãobuquo E lhe faco bon p intro Ds me he testemunha desta ver
dade q emagino q foi prencipio de meus trabalhos o aver me metido
deo gomes en semelhantes negcos q o não divera fazer pelos beneficios
q de mi Recebeo sempre dita he minha q sempre me forão Renume
rados todos os q fiz desta nanra seja elle louvado Con tudo.
Ao sr Joze Coutinho q me entregou o poder q VM lhe fez pa me demãodar
entregei o azul q tinha en ser no qual entendo lhe não entregei
nada p mais diligcas q elle faca na venda dele eu tenho feito mtas
mais E juntamte lhe dei a Conta pela qual VM me he devedor E eu
o não foi nunqua a VM de hũ Real pq pro desembolçei q cobra
se como dela se ve e de outras q maodei a dio Gomes da mão
de dio frra de paz Andre dias gomes E jorge lopes as quais VM
tera visto E estara bem Inteirado da verdade E se asim não
for eu estou bem satisfeito e quieto na minha consiencia
E na prova q mostrarei sempre q sera per cartas de VM Ectos
de mestres de manra q a quen se mostrar não duvidara dela
não tenho mais q dizer nen VM tera Rezão de Ir per diante
Con suas queixas nosso sr ettc Lxa a 23 de Abril 1623
Po gemosdra