O autor queixa-se ao seu irmão por haver várias pessoas da família, incluindo o destinatário da carta, a dizer que ele era cristão-novo por parte da mãe, facto de que duvidava.
Irmão noso senhõr vos de muntas boas festas
com muntos guostos e aligueras e comtamentos
em copania de vosa molher e filha molhorada
do que eue a tenho comiguo mas comfi em deos
que ainda me ele a de dar tudo o que ele pode que
me amamde meuos paremtes onrados e o senhor
meu tio joão cotta que ele me fes m de dizer que
eue era cristam novo da parte de minha mai
mas que diguo quando vos e voso irmao dize
m o que dezeis mas algui dia nos veremos de
perto amtam falarei comvosquo en esa sida
de anda amtonio guomes que dizia o que vos
dizeis mas aguora sobe a verdade do que se pasa
e nam vos diguo nada porque quizera ir a sa
sidade
mandate me dizer que vos respondese hu
ma carta que me tines mandado aserqua de mi
ir eue e meu filho pera a inda folguara
d emcatares hum comodo pera ambos hu
ma filha e uma irmão que vos afirmo que
tidos nos avemos de embraquar pera deisam
os viver paremtes tam onrados como sam
hu tio joão cotta e hum primo manoel cotta
e o dotor frco pinto duram mas a onra que eles
ouvera de cada um deles de ter overa de olhar pe
ra sim que com mais verdade ofendem a deos
noso senhor das suas portas ademtro mas a deos
deizo tudo falamdo a perpozito vede se ashais
comodo pera dioguo o tirar fora desta tera agua
rdiserivos munto esta m noso senhor vos livre
de falsos testemunhos e de vosos nimiguos de raiolos
de 21 dezembro de 1639 anos
di voso irmão João cotta
sabereis como o sorbinho de dioguo da
silva frco o levouo a inquisam so ele bastouo pera
o livartar