PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

CARDS1074

[1699]. Carta de autor anónimo para destinatário anónimo.

SummaryRelato de um episódio que envolve uma lavadeira.
Author(s) Anónimo294
Addressee(s) Anónimo295            
From S.l.
To S.l.
Context

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros. A denúncia apresentada expunha Domingos Carreiras, de Leiria, num caso de feitiçaria. Chegou ao conhecimento da Inquisição de Lisboa a 31 de maio de 1699, enviada de Leiria pelo padre Manuel Neto. Antes, porém, de se dar continuidade às habituais diligências inquisitoriais, aquela mesma delação foi remetida àquele mesmo remetente, recebendo aquele padre novas orientações a fim de poder apurar mais dados. Efetivamente, determinou-se que voltasse a chamar a denunciante, inquirindo-a "em que lugar e em que parte dele sucedeu o caso" objeto de denúncia. Mais ainda: esses mesmos dados deveriam ser acrescentados no mesmo papel, que seria novamente remetido para aquele tribunal de Lisboa "para se prover na matéria". No cumprimento, pois, destas determinações de 6 de junho, o padre Manuel Neto remetia novamente a denúncia a 2 de agosto.

Support meias folhas de papel não dobradas escritas no rosto e no verso
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa, Caderno do Promotor n.º 71
Archival Reference Livro 265
Folios 230r-v, 231r-v, 232r-v
Transcription Ana Guilherme
Standardization Catarina Carvalheiro
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2008

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

e ano o mes de setenbro ou outubor de seissentos noventa e seis me susedeu por causa duma doensa que tive ter hũa pouca de roupa suja e pela querer guardar andava pirsiguindo a lavandeira que mas lavase antes que ela me disia que não o eu a minha que mo vendese e que logo ma lavaria eu vendo isto por não ter cirada que mandase e ser uso no meu bairo hirem os visinhos em casa hũas das outrass com libardade fui eu dia as tirndades com pausinho na mão a casa da forneira diserãome que estava na eira que esta atars da parede das casas fui la ter com ela olheia asentada a par dum monte de aspigas de milho com hũa minina que tinha de na saia eu asenteime a par dela que fasia muito luor ali istivemos falando pouco e eu disendo que quiria me vendese hũa pouca de sinsa para mandar lavar hũa pouca de roupa e hũns colxois antes que ela dise que não ma pudia dar aqueles dias porque lho tinham pidido muito pesoas rogueilhe muito que vise se mo pudia dar se ate sesta fr mas o dia em que falei não me lenbar e dia dispois que falei com iso ouvi diser que lhe morera aquela ciransa que lha matarão as bur burxas tambem mi não lenbar qual dos dias foi que moreo a ciransa que como hera anginho nenhũ caso fis daquilo que oovimos mos o que he serto que tudo foi dentor em hũa somana e como ela fico comigo muito por me dar a sinsa no pouca ou muita a sesta feira quando veio á sesta feira pela minha fui eu resando ate o forno para saber se me avia de dar a sinsa que me tinha pormetido em terino casa do forno vio andar endendo e não estava la gente tornei a sair para fora estava no patio omen torbalhando coisa de carpentaria ou de carro ou de arado pirgunteilhe quede essa molher respondeume não sei dise eu e pois quem asendeo o forno respondeome ahi o fiserão asender mas não me dise quem nem a mim me emporto pirguntalo porque eu não quiria senão a forneira e pareseume que viria algũa visinha largarlhe o lume em que esa visinha fique patio parada defornte d outar porta sua que estava fichada disendo eu olhame dés agora se foi esta molher que eu quiria falar com ela virose o omen para mim e diseme de manso que estava naquela casa que eu vi a fichada dise eu se a porta esta fichada nome o diser que la estava eu sem reparar se estava a porta fichada por dento ou por fora vi que estava hũa goteira que tem a porta tapada com rolham de pano pareseume que istaria tapada por lhe não irem la gatos dise o omen se hira ela a fasenda respondeume que não que la estava mas de mansinho com ela asenando com a Cabesa como quem não quiria que ela o ouvise a ser adonde estava fui eu Chegando para antão vi que estava nunca fis per isso de me tornar a teserme disto fui buscar o parico e disendolhe isto diseme com a comfisão que não poso iso na buscar apostolo que so eles tem poderes para hiso e contelhe o caso todo na verdade filo eu asim diseme que me esolvia pelos poderes que tinha mas com condisão que avia eu de dar conta ao cumisairo do santo ofisio eu dise que não sabia quẽ era disemo a outor comfesor e isto susedeo no cabo da rua dos barreiros por sima da fonte grande na sidade de leiria


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view