O autor acusa o destinatário e a Junta a que pertence de terem ordenado a sua prisão, na sequência da Martinhada, por razões opostas ao espírito do liberalismo.
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despoticos se castigão os homens pelas suas opinioens, e isto no tempo
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[2] | em que
tanto se falla em liberdade em constituição. De sorte que
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[3] | quando pensâmos
marchar a ser hum Povo livre nos achamos obri
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[4] | gados a não fallar, e
até se pretende que sejâmos
estupidamente
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[5] | da opinião do Governo !!!
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A revolução
q
V
Exa e o coronel Cabreira
principiarão, nada ate
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[7] | agora tem produzido em favor dos Portuguezes. Todo o
trabalho
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[8] | de V
Exas se limita ate hoje á mudança de certos
homens dos
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[9] | lugares q occupavão. Nenhuma liberdade
há neste Reino, nem
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[10] | a pode haver emquanto a imprensa fôr escrava. Ha hum
prin
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[11] | cipio reconhecido em Inglaterra e em
todos os mais paizes livres:
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q pode ser culpavel o escreverem mal das particularidades, mas
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[13] | que as acçoens
do Governo devem soffrer hum exame publi
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[14] | co, e
q se faz hum serviço á sociedade publicando
cada
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[15] | hum as suas opinioens: este principio esta bem desconhecido em
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Portugal actualmente; attação os escritores impunemente os
par
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[17] | ticulares, q
pr conseguinte tem mto
menos segurança q no Governo
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[18] | passado, e nada he
permittido dizer das acçoens do Governo;
a
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[19] | ssim se prova o que digo, por ter manifestado a minha opinião,
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[20] | não só
sou prezo mas desterrado.
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Emquanto a este acto
q o Governo exerce em mim decidirá a
opi
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[22] | nião publica quando se imprimir a carta que forma o meu corpo
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[23] | de
delicto, ella decidirá se eu sou criminoso em apresentar a
jus
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[24] | tificação da conducta do Exercito e da minha a hum Governo que
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[25] | se diz
liberal, ou se este Governo obra despoticamente e por poder
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